O Programa Eco Cidadão, que há nove anos desenvolve um trabalho de educação ambiental permanente em Macaé, conquistou o Prêmio Energy Globe, na categoria Brasil. Esse prêmio é oferecido pelo concurso, que premia iniciativas voltadas ao desenvolvimento sustentável e à preservação ambiental, realizado pelo Ministério do Meio Ambiente da Áustria, em conjunto com a União Européia.
Este ano, participaram da competição 700 projetos de 90 países e esta é a segunda vez que o Eco Cidadão vence o Energy Globe. Em 2004, o programa foi um dos 25 trabalhos escolhidos no mundo. Naquele ano, o prêmio foi dividido nas categorias Terra, Fogo, Água, Ar e Juventude e o Eco Cidadão foi o quinto colocado na primeira.
Para a pedagoga Marielza Cunha Horta, coordenadora executiva do Eco Cidadão, o reconhecimento renova as esperanças, fortalece a luta por um futuro melhor, mais solidário, ético e moral. Para Marielza, o prêmio é muito importante para o Eco Cidadão, para o município e também para todas as pessoas que estão envolvidos na preservação do meio ambiente.
- O sucesso do Eco Cidadão abre as portas para espaços restritos e muito ricos em oportunidades. Não tememos a responsabilidade e a confiança depositadas sobre nós. Somos movidos a desafios - afirma Marielza.
Desenvolvido pela ONG Centro de Estudos Ambientais e de Cultura Contemporânea, em parceria com a Prefeitura de Macaé, o Eco Cidadão começou a ter o reconhecimento da comunidade internacional em 2002, quando ficou ente os 40 finalistas do Prêmio Internacional de Dubai para Melhores Práticas, promovido pelo Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (UN-Habitat). Recebeu também outros dois prêmios da Organização das Nações Unidas (ONU). Em dezembro de 2003, o programa foi homenageado pelo Programa de Gestão Urbana (PGU) com diploma em reconhecimento aos avanços obtidos em Macaé. Oito meses depois, o trabalho participou do Fórum de Barcelona como um dos 42 dos projetos no mundo que mudaram a realidade das cidades.
Criado em julho de 1997, o Eco Cidadão tem como um dos objetivos envolver os moradores no desejo de viver em um ambiente mais limpo e saudável. Através da educação ambiental permanente, busca transformar os valores e atitudes das pessoas e despertar a população para a importância da preservação da natureza, da limpeza urbana e do consumo consciente.
Segundo a coordenadora Marielza Cunha Horta, em Macaé, em pouco mais de nove anos, a mobilização contínua conseguiu reduzir em mais de seis toneladas o descarte diário de lixo nas vias centrais da cidade. A poluição das praias também diminuiu consideravelmente. São duas toneladas a menos de lixo por dia e a utilização correta das lixeiras públicas aumentou em 70%. E a receita dos catadores que trabalham com material reciclável cresceu 40%.