O Eda Folia, bloco da Escola Municipal Professora Eda Moreira Daflon, situada na Imbetiba, desfilou pelo bairro Imbetiba, na manhã de sexta-feira (16), como faz, há 10 anos, embalado pela Banda Pirata. Pais, professores, funcionários e crianças pularam de 8h às 11h, ao som de melodias dos carnavais antigos.
Meninas transformadas em dançarinas, bailarinas, havaianas, e meninos trajando nas camisas os números famosos da seleção brasileira – o 11 do baixinho Romário não foi esquecido – deram colorido especial à alegria estampada nos rostinhos dos mais de 100 alunos, para manter a tradição da abertura do carnaval do bairro.
Joel Alves vai à frente da bateria, cantando as marchinhas e sambas-enredo. “A exemplo de Jamelão, não gosto de ser chamado de puxador. Sou intérprete da banda, há 30 anos, e há 10, comando a alegria do Eda Folia, um bloco muito simpático, que permite os pais brincarem com os filhos”, observou.
Antes do desfile, a diretora Rosely Dal Bello, ressaltou como os professores prepararam os alunos para se integrar ao bloco e ao carnaval de modo geral. “Estamos trabalhando o evento há uma semana. As crianças aprenderam sobre a origem do carnaval no Brasil, falamos dos desfiles das chamadas grandes sociedades, que deram origem ao atual formato das escolas de samba. Citamos Chiquinha Gonzaga, figura famosa do final do século XIX, início do século XX, autora da primeira marchinha carnavalesca – Ô Abre Alas que eu quero passar”- disse.
Rosely relatou que os alunos aprenderam sobre Carmem Miranda, tema da decoração do carnaval de Macaé. “Carmem Miranda, uma imigrante portuguesa, chegou ao Brasil no início do século passado, nos primeiros anos de vida, e foi a primeira artista“ brasileira” a divulgar o samba e outros ritmos nacionais, os produtos da nossa terra – banana, abacaxi, laranja - que carregava na cabeça, e o verde-amarelo da nossa bandeira, que coloria seus balangandans, enfeites e adereços”, informou.
Além dessas informações, segundo a diretora, as crianças foram alertadas para os perigos da festa, como a violência, que normalmente se intensificam nesse período, e aprenderam a se precaver quanto à oferta de bebidas alcoólicas, cigarros comuns e de maconha e drogas de qualquer tipo. Rosely enfatizou que, por serem de pouca idade, em sua maioria, não foi discutido com eles o uso de contraceptivos.
Tudo pronto. Vai começar o desfile. Joel solta a voz: “Mamãe eu quero”. O coro responde: “Mamãe, eu quero mamar”.