Histórias que levam mensagens de solidariedade, amizade e respeito, produzidas pelos alunos da Escola Municipal Professora Sandra Maria de Oliveira Franco já podem ser apreciadas na revista do projeto “Planeta Azul”. A edição foi lançada nesta quinta-feira (16), na unidade de ensino. Inicialmente, três turmas participaram da criação da revista em quadrinhos e o próximo passo é publicar mais uma produção coletiva dos estudantes da escola no mês de novembro. O projeto é fruto de uma parceria entre a Fundação Mokiti Okada e a Prefeitura de Macaé, por meio da Secretaria de Educação e do projeto Educação para a Paz.
A finalidade do projeto é envolver os alunos na produção coletiva de gêneros textuais direcionadas à formação de valores. A vice-prefeita e secretária de Educação, Marilena Garcia, afirmou que o projeto é de suma importância para contribuir com o desenvolvimento do processo-ensino aprendizagem.
- Parcerias como estas essenciais para valorizarmos o ensino e incentivarmos os professores e alunos diante da leitura e escrita, destacando assim, as potencialidades e criatividade dos alunos. A intenção é ampliar este projeto para outras escolas municipais, ressaltou.
Entusiasmados, os alunos Assíria Souza, Jorge Antônio da Silva, Rian Lopes, Tiago Pinheiro, Elen Caroline da Silva e Cassiane Monteiro, todos de 11 anos, estavam encantados com a publicação: “Não imaginei que fosse ficar tão bonita e do jeito que a gente criou. Fui autor do personagem “Dourado”, um mico leão-dourado desatento, que achava objetos perdidos sem querer. A lição desta história é que todos que encontrem qualquer coisa na sala de aula ou não, procure o dono e devolva imediatamente”, contou orgulhoso, o estudante que confessou adorar as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática.
Durante a cerimônia de lançamento da revista, os estudantes homenagearam membros da comunidade que contribuíram para a publicação da revista. Entre elas estão Maria do Carmo Souza de Oliveira, Diva dos Santos Gonçalves e Ana Maria Castro.
Emocionada com a apresentação do coral da escola e com a publicação, Marilena Garcia, lembrou do êxito da rede municipal no índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb): “Estamos comemorando o avanço significativo do Ideb na rede municipal de ensino nos últimos dois anos e meio. Esta é a prova do trabalho e comprometimento da Secretaria de Educação com a qualidade do ensino e implementação de ações, como a criação da Prova Macaé, que é uma preparação para a Prova Brasil. Também foram desenvolvidas medidas importantes, a exemplo da eleição direta para diretor e o PCCV. A pasta tem que comemorar os bons resultados”, ressaltou.
Satisfeito, o coordenador do projeto “Planeta Azul”, Miguel Ângelo Lopes, afirmou que a rede municipal de Macaé surpreendeu: “A valorização e interesse dos educadores e alunos quanto ao projeto foram essenciais para nos empenharmos ainda mais. Macaé foi a única cidade contemplada com uma publicação com três histórias. Pudemos perceber a preocupação com a conscientização e despertar para a criatividade. A publicação desta escola se destaca por apresentar vivenciais e mensagens de paz e esperança. Os estudantes participantes com certeza serão responsáveis por um futuro melhor”, disse.
Já o representante estadual da fundação, Celmir Rodriguez, salientou que os alunos da Escola Sandra Maria de Oliveira Franco devem servir como exemplos para todo país: “Eles são engajados e dedicados ao projeto. O reforço nas aulas de leitura e escrita foi alcançado com a participação efetiva dos profissionais e estudantes da unidade”, falou.
A criação de textos e ilustrações motivou não apenas os alunos, mas os professores. Francisca Albertina Peixoto é uma delas. A professora do 2º ano admitiu que o projeto serviu como inspiração para novas atividades na sala de aula: “Estratégias como contar, ler histórias e permitir que os estudantes sejam autores propiciam o desenvolvimento da escrita, aguçam a criatividade e o espírito de cooperação, além de contribuir para coordenação motora e interesse maior nas disciplinas Português, Artes e História”, salientou.
Neste primeiro momento, toda ação do projeto foi mediada pelos professores e o coordenador Miguel Ângelo Lopes. Já para o segundo semestre, a direção da escola promete novidades:
- Além deles serem protagonistas e autores das histórias, os alunos também vão se envolver em outras oficinas. Estamos comemorando dez anos de funcionamento e a meta é atender aos 363 estudantes com atividades diversas como coral, oficinas de meio ambiente. Temos muito que comemorar e agradecer - salientou a diretora, Elisa Sales.
De acordo com a coordenadora do programa Educação para Paz, Sônia Terezinha Gonçalves, projetos como o “Planeta Azul” reforçam a proposta de levar às salas de aula ferramentas pedagógicas voltadas para a paz, que deve ser construída com a integração de todos: “Estamos contagiados com este projeto, que possibilitou o envolvimento dos educadores, alunos e famílias quanto à reflexão de valores primordiais. Esta é mais uma ação do “Educação para a Paz”, que prima por uma educação aliada à cultura do pertencimento e cidadania”, concluiu.
A Fundação Mokiti Okada é uma entidade sem fins lucrativos. A instituição é considerada de Utilidade Pública Federal, que desenvolve projetos direcionados à formação de valores em busca de uma sociedade renovada com cidadãos conscientes. Já O Projeto Planeta Azul foi idealizado pela equipe de educadores da Fundação Mokiti Okada, que desde 1998, juntamente com os cursos de orientação pedagógica para docentes e especialistas, faz parte do Programa de Educação, e se direciona às escolas da rede pública e privada.