A Prefeitura de Macaé, por meio da Secretaria de Educação, participou de mais um encontro do Fórum EJA/RJ 2012, realizado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Esta etapa, que ocorreu na segunda-feira (22), das 14h às 17h, teve como tema “Políticas atuais de Educação de Jovens e Adultos”. A reunião contou com a presença do subsecretário estadual de Educação, Antonio Neto, que abordou as políticas propostas pela Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC), intitulada “Nova EJA”.
O Fórum é uma articulação informal de educadores, alunos, entidades do poder público, universidades, institutos de educação superior, organizações não-governamentais, movimentos sociais e de empresas privadas, todos interessados na formação de uma rede de práticas na educação de jovens e adultos no âmbito do Estado do Rio de Janeiro:
– A participação de Macaé no Fórum EJA/RJ é muito importante por tratar-se de um espaço de discussão em que se articulam propostas para melhorar as ações em prol da Educação de Jovens e Adultos. A troca de experiências permite que o município formule as suas políticas públicas – diz o secretário de Educação, José Augusto Abreu Aguiar.
Realizados mensalmente, os encontros do Fórum EJA/RJ vêm formulando novas estratégias de ação, já que o campo do conhecimento vivenciado por jovens e adultos exige renovação permanente e formulações curriculares adequadas às necessidades básicas de aprendizagem. Entre elas estão propostas para garantir um ensino de qualidade, reflexão sobre o porquê de tantos adolescentes buscando a EJA e o que isso acarreta, a adaptação dos adultos ao se deparar com tantos adolescentes, dentre outros aspectos, como explica a coordenadora da EJA da Secretaria de Educação, Margarida Silveira:
– Macaé participa deste Fórum desde 2010, sendo que em 2011 e 2012 o município se fez presente em todos os encontros. É a oportunidade para a troca de experiências e o estudo da legislação. Por isso, procuramos sempre ter uma representatividade por meio dos professores e membros da coordenação. Afinal, pensar no coletivo só acrescenta, pois alarga-se o pensamento e, consequentemente, se propicia melhor qualidade de ensino. É muito bom saber que na Secretaria de Educação temos todo o apoio e suporte, que estamos sendo vistos, olhados e cuidados – comenta.
No encontro de outubro, foram enviados como representantes de Macaé dois professores da Escola Estadual Municipalizada Jacyra Tavares Duval, além de uma coordenadora da Educação de Jovens e Adultos. Uma delas, a professora Rosemary Vítor Ribeiro, ressalta que as discussões sobre a defasagem com relação à idade e a avaliação em módulos foram os temas centrais:
– Os alunos deveriam concluir os nove anos de escolaridade regular até os 14 anos. Mas a lei também garante que a EJA atenda a esses alunos a partir dos 15 anos. Sendo assim, o professor tem que se desdobrar para atender a necessidade de todos os grupos, já que existem alunos com idades mais avançadas que trabalham, que são responsáveis por seus lares e estão em sala de aula com todo esforço. Em contraponto, temos os alunos mais jovens, que até por conta da idade, se enquadram em uma realidade diferente. Isso acaba criando um choque de realidades e precisamos atender às duas vertentes – pontua.
A proposta do Fórum é que houvesse uma discussão para se elaborar um documento com a montagem dos módulos. Porém, o subsecretário Estadual de Educação, Antonio Neto, apresentou uma proposta pronta. Por isso, de acordo com Rosemary, antes dos próximos encontros, que acontecem em novembro e dezembro, os membros do colegiado vão elaborar uma carta exigindo uma maior participação dos membros do Fórum na composição deste documento:
– Uma coisa é trabalhar em cima do documento e outra coisa é você vivenciar a prática. Sem a troca, fica uma coisa distanciada da outra, por conta da prática e da teoria. Mas acho que se nas próximas reuniões houver esta abertura para que se façam as alterações necessárias para fechar a proposta, vai ser legal. Assim o documento atenderá a EJA sem perder a qualidade de ensino, para que eles tenham base para o Enem e para o vestibular dentro do que pudermos atendê-los – completa Rosemary.