Contribuir para a melhoria da aprendizagem de alunos com defasagem idade-série nas séries finais do Ensino Fundamental é o objetivo do Programa de Correção de Fluxo implementado, neste ano, pela Secretaria de Educação de Macaé. Durante a semana, várias reuniões estão sendo realizadas, visando avaliar os primeiros resultados do projeto. São dez turmas do 6º ao 9º ano e 19 turmas d0 1º ao 5º ano do ensino fundamental. Cada turma conta com três professores encarregados de fazer o acompanhamento do desempenho dos alunos.
Segundo a coordenadora do projeto, Aldelúcia Porto Marcial Wagner, o programa foi totalmente elaborado por profissionais da Secretaria de Educação com base em orientações do Ministério da Educação (MEC) “Nos orientamos através de pesquisa detectando distorções de aprendizado nos alunos por idade e por série. Essas reuniões são importantes para trocar informações dos resultados de estudos teóricos e práticos. Agora, esses dados vão ser utilizados para fazer um planejamento adequado ao nosso objetivo que é melhorar o desempenho do aluno”, explica.
Um dos pilares que sustenta o programa é a formação dos professores e da equipe técnica das escolas, uma ação voltada para as questões da prática de ensino cotidiana, no sentido que se possam compreender os vieses dos processos de ensino e aprendizagem, considerando as características contextuais em que os mesmos ocorrem.
Desafio rumo à educação moderna
Dados preliminares da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação constatam que mais de 705 mil crianças estão em séries incompatíveis com a idade. O levantamento foi feito em 1.114 municípios que já pediram tecnologias educacionais para a correção do fluxo escolar nos anos iniciais do ensino fundamental.
O objetivo do MEC é atender os 1.307 municípios e trabalhar pelo sucesso da correção de fluxo, resultado que pode aparecer na próxima Provinha Brasil e no Ideb a ser divulgado no começo de 2010.
Para a secretária de Educação e vice-prefeita, Marilena Garcia, o projeto pretende assegurar o direito de educação dos alunos. “Estamos implementando uma forma de facilitar ao aluno a conquista de um direito básico que é a educação. Cada um tem seu ritmo, seu limite e sua força. Não existe um aluno que é forte em todos os sentidos, não estamos mais na época da revolução industrial, onde o ensino precisa ser padronizado e o aluno tem que se encaixar em um padrão pré-determinado. Agora, a escola tem que se adequar a cada aluno. Não podemos ter um ensino de qualidade se não levar em conta as diferenças entre os alunos, pois é respeitando as diferenças que atingimos a igualdade”, afirma.