Cuidar dos filhos de outras pessoas é tarefa de responsabilidade. Em Macaé, muitos casais trabalham fora e precisam deixar os filhos seguros e bem cuidados. Pensando nesta demanda a Secretaria de Educação lança, segunda-feira (15), o curso de Berçarista, para pessoas interessadas em se tornar um profissional especializado em cuidar de crianças em idade pré-escolar. O curso terá duração de 45 dias de 19 às 21h, de segunda a sexta. As inscrições estão abertas com 50 vagas. Os interessados devem procurar o Centro de Educação Tecnológica e Profissional (Cetep), na Rua Alfredo Backer, no Centro.
O curso terá, em seu corpo docente, profissionais de Pedagogia, Enfermagem, Nutricionista, Psicologia e Arte Educadores. “O objetivo é possibilitar a compreensão a aprimoramento nos cuidados com as crianças de zero a três anos de idade, enfocando o mercado de trabalho de Macaé. O aluno vai aprender a cuidar de crianças em diversos níveis profissionais. Pode vir a ser Baby Sitter, ou trabalhar em uma creche. Enfermeiras também podem fazer o curso para trabalhar em berçário”, explica a secretária municipal de Educação, Marilena Garcia. “Acreditamos que se trata de um mercado em expansão em Macaé devido ao grande número de pessoas que vem de fora, precisa trabalhar e não tem com quem deixar as crianças”, completa.
O curso será dividido em seis módulos que ensinarão cuidados com alimentação, higiene, brincadeiras, esclarecimentos sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e até como lidar com distúrbios como o déficit de atenção, estimulação (que é essencial em bebês), psicomotricidade, além de aulas específicas sobre criação de brinquedos utilizando material reciclado.
Formada em Psicologia, a empresária Rita Motta é dona de uma creche-escola em Macaé e diz que pretende mandar os funcionários se aperfeiçoarem no curso do Cetep. “É difícil arrumar um profissional confiável em Macaé. Porque cuidar de crianças é uma questão de dom. Tem que ter o perfil certo, ser uma pessoa afetiva, responsável, ter muita paciência e ser criativa porque a criança é exigente”, afirma Rita.
A empresária conta ainda que os salários da categoria são regulados pelo Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional (Senalba-RJ) e gira em torno de 20% a mais do salário mínimo. “Mas, em Macaé, um bom profissional pode chegar a ganhar até mais de dois salários mínimos”, ressalta.
Fora do mercado de creches, uma baby sitter pode cobrar em média R$ 250 por final de semana, R$ 15 a hora. “Uma babá especializada chega a ganhar até três salários mínimos”.