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Educadores discutem matriz filosófica da rede municipal

25/08/2011 14:36:09 - Jornalista: Andréa Lisboa

A Secretaria de Educação está empenhada no processo de elaboração da nova proposta pedagógica da rede municipal de ensino de Macaé. Subsecretários, técnicos, supervisores, coordenadores, orientadores educacionais e pedagógicos, diretores e professores das unidades de ensino fizeram sua segunda reunião sobre o assunto nesta semana, na terça-feira (23), no auditório Professor Cláudio Ulpiano, na Cidade Universitária. O encontro, que lotou o espaço, foi uma das etapas para elaboração da matriz filosófica da rede.

A reunião foi dividida em quatro partes. A primeira abordou a Educação Especial; a segunda, as ações da equipe multiprofissional da Secretaria; a terceira, a Educação de Jovens e Adultos e a quarta, a Educação de Tempo Integral. O primeiro encontro, que aconteceu no dia último dia 18, tratou das matrizes filosóficas das Escolas de Educação Infantil e as de Ensino Fundamental. As proposições elaboradas a partir desses encontros serão apresentadas ao Fórum Permanente de Educação e contribuirão para a construção de políticas públicas de educação de forma participativa e democrática.

A Educação de Macaé, em atendimento à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394/96), progressivamente vem oferecendo à educação em tempo integral. “Cinquenta e sete escolas, desde 2009, têm oficinas de cultura, esporte, meio ambiente e recreação no horário de contra turno. Além disso, há um ano, a rede conta com oito escolas com atividades de contra turno do ‘Mais Educação’, programa federal com verba do Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE)”, disse o secretário de
Educação, Guto Garcia.

Dessas 57 escolas, 29 da Educação Infantil e três do Ensino Fundamental dispõem de educação em tempo integral, de acordo com as determinações do Ministério da Educação. Ao todo, 104 monitores e oficineiros, que atuam com a orientação dos professores das unidades de ensino e da equipe técnica da Secretaria, trabalham com temas transversais e colaboram para a permanência dos estudantes na escola.

A subsecretária de Educação na Cultura, Saúde, Esporte e Meio Ambiente, Conceição de Maria Rosa, destacou em sua palestra que as atividades recreativas e artísticas também desenvolvem o intelecto e contribuem para uma educação transformadora. Ela ressaltou ainda a importância dos debates para a construção da matriz curricular. “Levar a pensar uma proposta pedagógica é levar a estudar, a pesquisar e sempre aprender mais’, disse.

A coordenadora da Educação Especial de Macaé, Alda Canabarra, ressaltou os avanços da Educação Especial no município, que possui vinte e quatro salas multifuncionais e receberá mais trinta e sete do governo Federal, inclusive uma específica para alunos cegos, na Escola Municipal de Educação Infantil Ana Benedita dos Santos, no Centro. Cerca de cem profissionais especializados e concursados atendem diretamente a alunos com necessidades educacionais especiais na rede. Os docentes recebem formação continuada nesta área, oferecida pela Secretaria e também em parceria com o MEC, desde 2005.

Alda aconselhou aos educadores que a matriz a ser elaborada seja flexível, para que possa, sempre que necessário, ser adequada aos novos paradigmas da realidade. Ela destacou também, que a escola inclusiva precisa trabalhar com todas as diferenças. “Deve abordar temas como: meio ambiente, segurança, consumismo, mídia, etnia, religião, gênero, classe econômica e capacidade pessoal’, disse.

Além dos avanços na Educação Especial, desde o ano anterior, 460 alunos foram avaliados pela Equipe Multiprofissional de Apoio à Aprendizagem da Secretaria, por indicação da escola. A equipe formada por psicopedagogos, psicólogos e fonoaudiólogos verificou a necessidade de encaminhamento de 105 estudantes à rede pública de saúde, de assistência social, a organizações subsidiadas pela prefeitura e à rede privada de saúde. Todos os estudantes indicados conseguiram as vagas para acompanhamento. “Não há falta de vagas para os atendimentos, mas precisamos mais participação das famílias para melhores resultados”, avalia a psicopedagoga, Cristina Burle, membro da equipe.

A partir deste ano, os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) que eram atendidos pela rede estadual foram acolhidos pela rede pública municipal, inclusive os com necessidades educacionais especiais. A rede tem 2.641 alunos na EJA, que, a partir do próximo ano, serão atendidos exclusivamente por profissionais concursados. Também em 2012, será aumentada a oferta da EJA diurna. Essa modalidade atualmente é oferecida na Escola Municipal Maria Isabel Damasceno Simão, no Centro.