Mais de 60 educadores participaram, na manhã desta quarta-feira (24), no auditório da Cooperativa de Leite de Macaé, do último modulo teórico do curso para implantação do Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas. O curso é uma iniciativa dos ministérios da Educação e da Saúde com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação a Ciência e a Cultura (Unesco), e promovido pelas secretarias Especiais de Saúde e de Educação.
A coordenadora do curso, a psicóloga Júlia Christina Abreu Pereira, diretora técnica do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), da Coordenação do DST/Aids, disse que a próxima etapa do projeto será o planejamento de atividades, para que sejam iniciadas as ações junto aos alunos, visando a promoção de informações sobre doenças sexualmente transmissíveis, HIV, Aids, drogas, gravidez não planejada, entre outros.
- Serão ações interativas, onde os jovens atuarão como os protagonistas, realizando diversas atividades como esquetes teatrais, poesias, cartazes de modo que todos tenham acesso às orientações e informações, além de fazer uma reflexão sobre suas escolhas e o futuro - completou.
Na oportunidade, o consultor em Diretos Humano e fundador e presidente por cinco anos no Brasil da Associação de Redutores de Danos, Domiciano Siqueira, falou sobre a diversidade de visões de mundos e necessidades, que devem ser respeitadas e sobre o fato de que nem sempre se consegue o que se quer, o que leva a frustrações e ao uso de drogas, lícitas ou ilícitas como forma de satisfação. “Algumas pessoas usam drogas como forma de suportar a dor, cada um tem um motivo para isso, que deve ser respeitado”, destacou, acrescentando que para que o adolescente possa tomar uma decisão com relação a sua vida e o seu futuro é necessário que ele tenha informações adequadas sobre os dois lados da questão.
Domiciano falou ainda que a quebra de preconceitos e dogmas é extremamente necessária para que se trate um dependente químico ou se evite que um aluno venha a se tornar um. “Considero a iniciativa de promover um curso desta natureza muito boa. Percebe-se durante o curso um interesse grande, tanto de quem promove, quanto de quem participa, em questionar valores trazidos de geração em geração e que não têm produzido coisas boas”, frisou.