Foto: Ana Chaffin
A iniciativa é um plano que apresenta propostas para o desenvolvimento da cidade nos próximos 20 anos
O Escritório de Gestão, Indicadores e Metas (Egim) realizou, nesta quarta-feira (11), a última reunião de avaliação com os técnicos da administração municipal sobre os avanços do projeto Macaé+20 e os próximos passos. A iniciativa é um plano que apresenta propostas para o desenvolvimento da cidade nos próximos 20 anos, com a implementação de um modelo de gestão estratégica nos órgãos da prefeitura. Este mês, após aprovação do Executivo, a segunda etapa das ações será publicada no hotsite (https://macae.rj.gov.br/conteudo/leitura/titulo/macae-20).
Para o próximo ano, estão previstas consulta popular e audiência pública, além de outras ações que impulsionam o projeto, como revisão do Plano diretor e atividades do Conselho Municipal da Cidade. O gerente do Egim, Romulo Campos, destacou a importância da construção coletiva do Macaé + 20. “A administração municipal tem a responsabilidade de entregar os serviços à população, porém, esse plano visa apresentar as propostas de melhorias em diversas áreas. O conteúdo foi uma construção coletiva e o intuito é direcionar os caminhos para uma cidade com total infraestrutura nos próximos anos”, frisou Romulo.
As ações de curto, médio e longo prazo do Macaé + 20 estão alinhadas com o plano de governo e previsões orçamentárias e, ainda, aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU. A ideia é propor o crescimento ordenado e em sinergia com princípios de sustentabilidade para promover qualidade de vida à população.
A coordenadora do Macaé + 20, Scheila Abreu, realizou um panorama sobre as etapas do projeto, que estão embasadas no diagnóstico situacional por meio de nove fóruns intersetoriais, debates e entrevistas, possibilitando a entrega, em abril deste ano, do e-book do Caderno I e hotsite. As ações foram consolidadas em seis Áreas de Resultado: Ambientalmente Sustentável e Resiliente; Econômica, Empreendedora e Inovadora; Escolarizada; Organizada e Funcional; Saudável, Social e Inclusiva; Segura, Integrada e Inteligente. “A ideia em 20 anos é que nossa cidade se torne sustentável e inclusiva, com moradia digna, acesso às políticas públicas, geração de emprego e renda, lazer, segurança, infraestrutura urbana e outros fatores”, pontuou Scheila.
O projeto ainda terá a terceira etapa, o Caderno III, que será o monitoramento e avaliação de todo o trabalho para garantir a execução do que foi programado. Além disso, o projeto é realizado por técnicos das secretarias, com a parceria das universidades, especialmente da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), além do Observatório das Metrópoles - Núcleo Norte Fluminense.
A professora e especialista em planejamento urbano da UFRJ, Gisele Barbosa, apresentou propostas de uma cidade polinucleada, com bairros produtivos. “Nesta estrutura, o desenvolvimento urbano acontece em núcleos e incentivando as vocações de cada bairro, por meio da descentralização das atividades econômicas e serviços públicos. Os benefícios são redução da pressão sobre o centro urbano, melhoria da qualidade de vida nos bairros, desenvolvimento econômico local, redução das desigualdades regionais e melhoria da mobilidade urbana”, explicou Gisele.