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Um seminário realizado hoje, com cerca de 150 pessoas, discutiu o assunto
Cerca de 150 pessoas, entre representantes da indústria e do comércio de Macaé; empresários brasileiros e estrangeiros de setores como hotelaria, fornecimento de produtos e serviços e indústria de petróleo e gás, bem como gestores públicos municipais, participaram, nesta terça-feira (10), do Seminário Terminal Portuário de Macaé (Terpor). O Terpor, que pode elevar o Produto Interno Bruto (PIB) de Macaé em até 20%, foi aprovado pelos empreendedores.
O projeto do Terpor, apresentado pela Construtora Queiróz Galvão e pela Albar Logística e Meira Lins Logística, está em fase de licenciamento. O seminário, organizado pelo Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social (Fumdec), teve como objetivo apresentar as oportunidade de negócios que serão geradas pelo empreendimento.
- O terminal portuário representa a viabilidade econômica de Macaé. O petróleo é a nossa principal vocação. Temos que assumir essa responsabilidade administrativa. Precisamos do petróleo para reverter situações como assentamentos precário e fazer justiça social, disse o prefeito de Macaé, Dr. Aluízio.
O diretor de Portos da Queiroz Galvão, José Roberto Serra, apresentou o projeto e abordou os temas infraestrutura, oportunidade de negócios, projeção de atividades, arrecadação e empregabilidade. O terminal, que terá capacidade para atracar 32 embarcações por dia, poderá gerar 7.400 empregos, que representam 5,2% do total do município, segundo a Queiroz Galvão. Desta forma, os estudos apontam para o crescimento do PIB do município de até 20%. A previsão é que, somente com a arrecadação de ISS, Macaé alcance um acréscimo de R$ 30 milhões.
Entre as estratégias apresentadas para promover a inclusão social com o Terpor está a criação do Instituto Porto Cidadão (IPC), no bairro Lagomar, que terá como meta a capacitação de mil jovens, entre 10 e 24 anos. O protocolo de intenções da Queiróz Galvão com a prefeitura para criação do IPC já foi assinado.
O diretor da Queiroz Galvão enfatizou que o Terpor Macaé concorre com outros municípios como base de apoio da cadeia petrolífera, desde o CPVV, em Vitória, capital do Espírito Santo, aos terminais de Santos e Guarujá, em São Paulo. Porém, de acordo com Serra, os estudos mostram que o Terpor é o mais competitivo, em termos logísticos, por causa de sua interligação ao Parque de Tubos, ao Terminal de Cabiúnas e à Usina Termoelétrica Mário Lago, além de estar localizado no centro da área do pré-sal.
O diretor da Rio Sil Consultoria, Alfredo Renault, ressaltou a necessidade de aumento da frota de barcos de apoio. A estimativa é que cerca de 700 novos barcos sejam necessários até 2020, pois até essa data já serão 107 unidades produtoras de pós e pré-sal nas bacias de Santos e de Campos. Esse crescimento provocará a expansão de todo o setor de bens de capital.
- O Terpor consolidará a posição de Macaé no epicentro das atividade portuárias na região. O custo de extração do pré-sal vem caindo drasticamente, em especial pela alta produtividade dos poços, disse Renault.
Para o secretário Executivo da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo (ABESPetro), Gilson Freitas Coelho, o Terpor é uma importante ferramenta para a cidade. "Esse empreendimento é fundamental para as empresas instaladas aqui e para a fixação de novas indústrias. Parabenizamos o esforço da prefeitura para trazer o terminal portuário para Macaé", disse.
O presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro de Macaé (Firjan-Macaé), Marcelo Reid (Merrel), elogiou o projeto. "O Terpor é necessário para que o município se consolide como polo da cadeia do petróleo e gás", frisou. Já o vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Macaé, Evandro Capistrano Cunha, destacou a repercussão do Terpor será em todos os setores. "Um comércio forte no município depende da cadeia de petróleo e gás e o terminal portuário vem fortalecer essa cadeia de serviços", pontuou.