As empresas Líder e Macaense vencedoras da licitação para operarem o Sistema Integrado de Transporte, não conseguiram colocar ônibus suficientes para atender à demanda na manhã desta segunda-feira, primeiro dia útil de implantação do novo sistema. Entre às 6h30m e às 7h40, horário de maior pico, os usuários enfrentaram problemas, com espera de até 40 minutos.
Para corrigir a falha provocada pela falta de carros, as empresas tiveram que colocar emergencialmente os ônibus antigos, o que causou reclamações. De acordo com o secretário de Governo, André Braga, caso as empresas não coloquem ônibus em número suficiente, a prefeitura poderá fazer licitação emergencial para resolver o problema. “Não podemos deixar que a comunidade saia prejudicada por falta de organização das empresas”, disse Braga.
Pela licitação, as duas empresas vencedoras do Sistema Integrado de Transporte se comprometeram a colocar em circulação 103 ônibus novos, entre linhas alimentadoras, troncal e circular. Para resolver o problema, os ajustes já começaram a ser feitos na manhã desta segunda. “Pedimos a compreensão dos usuários para esta primeira semana de adaptação do sistema. Até sexta-feira, tudo vai estar funcionando conforme o previsto”, disse o presidente da Macaé Trânsito e Transporte (Mactran), Fernando Magalhães.
As seis vans que traziam os moradores da Nova Holanda até o Terminal da Barra de Macaé, começaram a circular às 5h. Com o número escasso de ônibus, a população teve dificuldade de deixar o terminal. “Moro na Nova Holanda e ainda não consegui embarcar para a Lagoa, onde trabalho, porque os ônibus estão demorando a chegar”, disse Carla Tavares Ribeiro, 35 anos, doméstica.
Por volta das 7h30min, várias pessoas que não conseguiam embarcar, fizeram um princípio de tumulto no Terminal da Barra, tentando evitar a saída dos ônibus. Duas viaturas do 32º Batalhão da Polícia Militar e quinze policiais, comandados pelo Sargento Luiz, chegaram ao local para manter a ordem. “As pessoas disseram que os ônibus eram poucos e demoravam muito. A maioria explicava que precisava trabalhar e não conseguia sair do terminal. As que estavam nos pontos, fora do terminal, informaram que os ônibus não paravam porque estavam lotados”, disse o sargento.
O número reduzido de ônibus, também trouxe transtornos para os moradores do Balneário Lagomar. Nas ruas do bairro, antes das 8h, os moradores esperavam em média 30 minutos o ônibus que as levariam até o Terminal. No terminal Balneário Lagomar além de quebrarem os vidros de um ônibus, algumas pessoas aproveitaram o tumulto e danificaram as portas dos banheiros para deficientes e feminino.
Para tirar dúvidas, a população conta com o apoio da equipe “Posso Ajudar”. De acordo com o secretário de Comunicação Social Romulo Campos, cerca de 60 mil pessoas passaram nesta manhã somente pelo Terminal Central. Em cada terminal, uma equipe composta de oito pessoas está orientando as pessoas no período da manhã e da tarde.
*Colaborou também Alexandre Bordalo