Como parte das reflexões do Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, o “Encontro de Arte, História e Literatura África e Africanidade” se realiza, nesta sexta-feira (18), das 8h às 16h, na Praça Veríssimo de Mello. O tema escolhido para este ano foi “História da Capoeira” que será tratado através de palestras e discussões, além de dança e roda de capoeira que acontecem ao final do evento.
Esta é a terceira edição do “Encontro de Arte, História e Literatura África e Africanidade”, que integra o Programa de Cultura Afrobrasileira da Secretaria Municipal de Educação e visa aplicação das leis federais 10.639/03 e 11.645/08 que tornaram obrigatórias a inclusão da Cultura Africana e Afrobrasileira, além da História e Cultura Indígena no currículo escolar. O objetivo é promover uma educação que reconhece e valoriza a diversidade, comprometida com as origens do povo brasileiro.
A programação tem início às 8h30, com a solenidade de abertura, seguindo com a palestra “Capoeira na Escola: Espaço da Memória e Identidade Negra”, ministrada pelo professor João Perelli, às 9h. Às 9h30, é a vez do mestre Coelho ministrar a palestra “Pedagogia do Berimbau”. Logo após, às 10h30, e discussão sobre os temas abordados.
Estão programadas ainda apresentações de dança afro, maculelê e mostra de arte, além de roda de capoeira. Mas, antes disso, vai haver homenagem aos instrutores de capoeira da rede por sua contribuição para a Educação Municipal. Os mestres de capoeira de Macaé também vão ser homenageados, não só pela atuação no esporte, mas também pelo engajamento em questões sócio-educativas que tem a capoeira como base.
As ações em cumprimento as leis 10.639/03 e 11.645/08 são contínuas na rede municipal. Além da realização de eventos, são realizadas reuniões pedagógicas nas escolas, levantamento nas bibliotecas, palestras sobre África e Africanidade para os estudantes da Educação de Jovens de Adultos (EJA), trabalhos voltados para a Educação Infantil, dentre outras ações, como três pós-graduações e curso de extensão gratuitos, oferecidos na Cidade Universitária.
A subsecretaria de Educação na Cultura, Saúde, Esporte e Meio Ambiente, Conceição de Maria Rosa, lembra que é importante a participação dos profissionais da educação, pois ele deve estar envolvido com o tema para que seja um multiplicador e fortaleça essa discussão.
– Essa gestão trata o Dia da Consciência Negra não somente como culminância. Elaboramos o Programa de Cultura Afrobrasileira que engloba visitas técnicas as unidades da rede, participação em reuniões pedagógicas, utilização de vídeos e levantamento bibliográfico nas escolas para saber que material elas têm disponível para trabalhar o tema. Trabalhar este programa dentro da rede desmistifica a máxima de que o tema deve ser tratado somente um dia no ano, mas sim que ele deve estar no cotidiano.