Lendas de Macaé, contação de histórias, reflexões e muita alegria contagiaram o público presente no “V Encontro de Contadores de Histórias de Macaé”, na noite desta quinta-feira (25). O evento, que faz parte do projeto “Onde o rio de gente se encontra com um mar de histórias” é desenvolvido pela Prefeitura de Macaé, por intermédio da Secretaria de Educação, lotou o auditório do Colégio Estadual Luiz Reid, Na platéia, os estudantes do curso de Formação de Professores, contadores de histórias, professores das redes municipal e estadual, ex integrantes do curso de contadores e apreciadores da manifestação literária.
Para o secretário de Educação, José Augusto Abreu Aguiar, a arte de contar histórias deve fazer parte do cotidiano escolar. “O contar uma história estimula a imaginação, permite a auto identificação do aluno e também contribui para o desenvolvimento cognitivo do estudante”, destaca. Já a coordenadora do Programa de Leitura, Maria Georgina de Souza, salienta que a contação de história só se manterá acesa se houver pessoas que cuidem dela. “É isso que nós, os contadores de histórias esperamos, a cumplicidade e amor pela leitura e escrita”, diz.
O encontro também foi marcado por um sarau de poesias e apresentação de cordel do grupo HistoriArte, da rede municipal de ensino. Também fizeram parte das atividades uma palestra, além de contação de histórias que tiveram como tema o município de Macaé, além de lendas urbanas como “Biquinha”, “Vinagre” e “Papa Lambida” aguçaram o imaginário dos presentes.
Outra palestra apresentada durante o encontro foi a do teatrólogo, escritor e vice-presidente do Acervo e Patrimônio Histórico da Fundação Macaé de Cultura, Ricardo Meirelles, com a temática “Macaé uma cidade em constante transformação”. Ele afirmou que é fundamental que haja maior interação da população com o resgate social e cultural: “Isso é essencial para o desenvolvimento político, cultural e social da sociedade”, enfatiza. Na ocasião, ele fez alusão à lenda “Tetê e Matheus” e também distribuiu o material “Macaé em Cordel. Poesia Popular”.
O evento teve ainda a apresentação do recital de poesia dos estudantes da Escola Municipal Amil Tannos, por Kiona Macedo da Silva, e a esquete teatral “A menina sapeca”, adaptada do livro “Menina Bonita do Laço de Fita”, da escritora Ana Maria Machado. Um dos momentos mais aplaudidos foi a apresentação dos nove integrantes do Coro das Cigarras, que declamaram poesias sobre Macaé de uma maneira dinâmica e inovadora. Para uma das representantes do grupo, Aurora Ribeiro Pacheco, o encontro é maravilhoso para todos os munícipes: “Esta é uma oportunidade de enaltecer Macaé e incentivar o gosto pela leitura e escrita, e ainda reunir os admiradores da contação de histórias”, pontuou.
Outro grupo que arrancou boas gargalhadas do público foi o “Patranha”, de Casimiro de Abreu. Segundo a integrante Graça Morenah, a Secretaria de Educação está de parabéns: “Ficamos honrados de mais uma vez participarmos deste encontro que alia o lúdico,o imaginário, a alegria e o gosto pela literatura. Momentos como estes são essenciais para resgatar valores e destacar a oralidade”, falou após contar a lenda do “Disco Voador”.
Entusiasmada, a professora da Escola Municipal Onilda Maria da Costa, Lúcia do Nascimento, disse que fez questão de comparecer ao encontro para aprender um pouco mais. “Trabalho na sala de leitura com 600 alunos, e nunca perco a nenhum encontro de Contadores de Histórias. Estou muito feliz por estar aqui, porque o evento é sempre uma oportunidade para obter novos conhecimentos”, contou.
Visivelmente emocionada, a contadora de histórias da Secretaria de Educação, Gisele Souza, apresentou a lenda “Loira da Ponte”, que despertou a curiosidade do público. A estudante do curso de Formação de Professores, Mariana Lins, também fez questão de comparecer: “Já fiz curso de contadores de histórias e acho fundamental incluir esta prática na sala de aula”, finalizou a aluna do 3º ano do Ensino Médio.