Trabalhadores atuantes na economia informal, vinculados a associações e a projetos institucionais do governo municipal, ou mesmo de modo individual participaram nesta terça-feira, 12, do I Encontro Macaense de Economia Popular Solidária, promovido pela secretaria de Trabalho e Renda (Semtre) no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho – Macaé Centro. O evento contou com a presença do diretor de fomento da Secretaria Nacional de Economia Solidária, Afonso Magalhães, que anunciou a possibilidade de realizar em Macaé o próximo Encontro Nacional de Economia Solidária.
O encontro apresentou uma exposição de trabalhos manuais, artesanais e da agricultura familiar, com o objetivo de mostrar os potenciais existentes no município que podem se desenvolver aplicando-se os princípios da economia popular solidária. Uma dos meios acessíveis aos trabalhadores é o programa de Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS), que disponibiliza financiamentos a juros de 4% ao ano. O programa foi apresentado pelo gerente do Banco do Brasil, Rui Rabelo. Também participou do evento compondo a mesa o gerente regional do Sebrae-RJ, Glauco Nader.
A iniciativa do governo municipal de abrir espaço para a economia informal se fortalecer está sendo respaldada pela Petrobras. “Temos visto que o prefeito Riverton Mussi está investindo pesado nessa área. Macaé não deve ser somente a capital do petróleo porque a cidade tem a sua própria identidade cultural. A Petrobras quer participar desse resgate e devolver para a comunidade subsídios que diminuam os impactos negativos causados pelas atividades que ela desenvolve”, disse William Jerônimo de Oliveira, que representou o gerente geral da Unidade de Negócios da Bacia de Campos, Carlos Eugênio da Resurreição.
Entusiasmo com o sucesso do encontro que visa impulsionar a economia popular solidária no município, o secretário de Trabalho e Renda, Claudio Bogado, fez uma retrospectiva das principais ações realizadas pela Semtre, destacando a Incubadora de Cooperativas como um importante instrumento para o desenvolvimento dessas atividades. O secretário informou que na agenda do próximo ano está incluída a implantação do Corredor de Economia Solidária e a instalação da Casa do Artesão. “Esse é um momento de troca, de sair um pouco do foco do petróleo e partir para cadeia produtiva de geração de trabalho e renda”, reforçou.
Os participantes assistiram ainda à palestra sobre Desenvolvimento Regional Sustentável, com foco voltado para a sustentabilidade no mundo dos negócios, que foi apresentada pelo superintendente do Banco do Brasil, Jorge Luiz Almeida Dominguez. Como meta para 2007, foi anunciado que o governo federal, através do Banco do Brasil, irá disponibilizar para todo o país recursos na ordem de R$ 1 bilhão para atender aos projetos da economia popular solidária. “O DRS está centrado em três pilares: social, econômico e ambiental, com base na auto-gestão e na diversidade cultural”, explicou.
O artesão Rodolfo Moreira (Magrão), morador do Sana, é um dos que considera positiva a iniciativa apresentada pela Secretaria de Trabalho e Renda. “Agora que tomei conhecimento sobre o crédito do DRS vou poder investir mais na qualidade do meu trabalho”, falou o artesão, que confecciona jóias artesanais. “Vou esperar a prefeitura instalar a agência do Macaé Facilita que está quase chegando no Sana, porque assim vai ficar ainda mais fácil agilizar o financiamento”, completou.
O evento contou com a representatividade de vários setores da economia, como a Associação Comercial e Industrial (Acim), Clube de Diretores Lojistas (CDL). E Também de instituições de ensino (Funemac, Cefet-Uned Macaé, Faculdade Estácio de Sá) e órgãos ligados à prefeitura, entre eles, as fundações de Cultura, Agropecuária, Abastecimento e Pesca, e de Ação Social, além dos alunos do Programa Macaé de Primeiro Emprego/Juventude Cidadã.