O Espaço Cultural do Solar dos Mellos foi palco na noite de sexta-feira do encerramento do Primeiro Encontro de História e Música Brasileira de Macaé, uma parceria da Secretaria Municipal de Acervo e Patrimônio Histórico e do Instituto Christiane Salles.
O evento, que teve início no último dia 14, abordou a música brasileira em todas as suas variantes. Durante três dias, diversos palestrantes discutiram temas como a história da canção, a importância dos festivais, a influência da música no cotidiano e na sociedade, e a contribuição da música para o folclore regional.
Além dos debates, aconteceram também apresentações de capoeira, shows musicais, apresentação do Quinteto Zé Rangel e uma exposição de esculturas do artista plástico macaense Sérvulo Miranda.
Com destaque especial para o samba, o encontro contou com as presenças da professora e historiadora Ana Lúcia Pessanha, do músico e compositor Piry Reis, da professora de arte e cultura da Universidade Cândido Mendes, Nelma Rubim Golçalves Dias e do jornalista e historiador Sérgio Cabral, entre outros. O grande homenageado da noite foi o compositor macaense Benedito Lacerda.
Para Sérgio Cabral, que abordou na noite de encerramento o tema ‘O samba carioca’, Benedito Lacerda transpôs os limites de Macaé e ganhou todo o Brasil, pois foi um músico excepcional para a sua época, sendo até hoje uma referência. Segundo ele, o compositor macaense foi muito importante para a música no período em que o samba se tornou um produto comercialmente vendável tanto no Brasil como no exterior.
"Juntamente com Noel Rosa, Lamartine Babo e Ary Barroso, Benedito Lacerda formou a melhor geração da música popular brasileira, só comparável à geração dos anos sessenta, de Chico Buarque, Paulinho da Viola, Caetano Veloso e outros", destacou Sérgio Cabral.
Professor, teatrólogo e historiador, o Secretário de Acervo e Patrimônio Histórico, Ricardo Meirelles, que também participou dos debates, afirmou que o evento foi um sucesso, pois tratou da música brasileira, discutiu seus aspectos, riquezas e origens. Para ele, a homenagem à Benedito Lacerda foi mais do que oportuna, pois o fato de o compositor ser macaense deve sempre encher a todos de orgulho.