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Encontro de poetas na Bienal do Livro

07/10/2006 14:39:52 - Jornalista: Ludmila Azevedo

Macaé Literária esse foi o tema do Café Literário na manhã deste sábado na I Bienal do Livro. O encontro teve como objetivo mostrar um pouco da poesia de Macaé para o público macaense. Foram convidados para o encontro poetas cujos trabalhos têm inspiração foi encontrada na cidade de Macaé. Num bate papo descontraído, as escritoras Bernadete Braga, Sandra Wyatt e Raquel Naveira falaram de sua trajetória na poesia e a sua relação com Macaé.

Cada uma em seu estilo, a primeira a falar foi a escritora e artesã Bernadete Braga que expôs seu desejo de cada vez mais incentivar à cultura. “Essa Bienal é o primeiro grande passo para o incentivo da cultura local”, ressaltou. Ao contar sua relação com Macaé, Bernadete apresentou seus livros que contam a história da cidade. “Seria impossível colocar tudo num só volume, por isso, fiz em parte”, disse a escritora, enumerando cada um deles onde há histórias desde Mota Coqueira, passando pelo de personalidades macaenses, distritos até chegar aos escravos. “Há, ainda este outro que estou costurando sobre a história do futebol macaense”, comentou a escritora numa referência ao livro que ainda está em fase final.

De uma forma irreverente, a educadora e poetisa Sandra Wyatt, cujas publicações já ultrapassaram as fronteiras, iniciou sua fala presenteando o público com um poema. A poesia, disse ela, não se explica, ela é sentida. “É uma grande responsabilidade falar de poesia em Macaé”, contou a poetisa que após alguns minutos revolucionou o espaço ao som de um tambor e convocando o público agradecer com os nomes que contribuíram para seu crescimento como escritora.
“Mais do que falar eu quero é aproveitar esse espaço só para agradecer”, disse, em meio às lembranças de uma Macaé que ficou no passado. “Toda poesia do mundo está sendo devastada”, lembrou Wyatt, numa referência em especial à praia de Imbetiba, localizada em Macaé.

A palavra final ficou por conta da escritora Raquel Naveira, que embora seja matogrossense, tem registrado em sua infância uma forte relação com Macaé. “Eu sempre passei minhas férias aqui”, contou Naveira, relembrando das antigas casas colônias, ruas no entorno da praça onde costumava brincar e da espuma praia de Imbetiba. “Macaé ficou assim registrado em minha memória”, relatou emocionada a escritora que há quatro meses está no Estado do Rio. “Eu sempre achei que minhas raízes estavam fincadas no Mato Grosso, mas havia uma impaciência que eu não conseguia entender, e hoje vejo que o motivo esta na minha veia fluminense”, afirmou.

A programação do Café literário prossegue neste sábado com apresentação às 15, com Thalita Rebouças que enfocará o tema “Vivendo a escola com alegria sem titio e titia” e às 19h30, Alcione Araújo vai mostrar “A pedagogia do olhar”.