A Guarda Municipal de Macaé vem realizando vários projetos sócio-culturais e educativos no município em parceria com diversas secretarias municipais, como a de Educação. A equipe da Patrulha Escolar está visitando as escolas e realizando palestras sobre violência no município. O objetivo é sensibilizar os alunos para as questões relativas à segurança, o combate à violência e ao uso de drogas.
O grupamento da Ronda Escolar, criado há quatro anos, é composto por uma inspetoria e duas equipes, com duas viaturas, tendo três agentes em cada uma. Esta semana, a agente Marly, integrante do Patrulhamento Escolar, esteve na Escola Ancyra Gonçalves Pimentel, no Miramar, mostrando aos jovens como evitar a agressão.
Durante a visita, a agente Marly conversou com os alunos sobre a importância do diálogo com pais, professores e amigos. Na palestra, falamos aos jovens sobre a necessidade de se procurar ajuda com os familiares quando surgir alguma questão que eles não possam resolver. Marly falou também sobre a urgência de se acabar com a violência nos pequenos gestos.
- Quando os jovens têm problemas ficam receosos de conversar sobre eles com outras pessoas, com o tempo a dificuldade vai aumentando e torna o adolescente agressivo. É preciso que eles entendam que ao falar com os familiares ou com os professores o que os incomoda quase sempre é resolvido. Eles precisam perceber que são nas pequenas coisas que a violência é gerada: no gritar, xingar, ao pegarem algo que não lhes pertencem, enfim com os pequenos gestos, estamos fazendo a sociedade de amanhã, ressalta Marly.
O presidente da Guarda Municipal, Antônio Franco fala sobre o trabalho social e Preventivo da Patrulha Escolar.
- O Patrulhamento Escolar faz parte de um projeto social e preventivo da corporação que tem como principal objetivo dar suporte ao corpo docente e discente das escolas do município, de forma que juntos, ou seja, diretores, professores, funcionários, pais, alunos e guarda municipal, possamos garantir a escola como sendo um ambiente saudável e agradável de se viver. Nosso papel é de prevenção, frisa Antônio Franco.
Alunos confiam no Patrulhamento Escolar
O trabalho abrange 105 unidades de ensino no âmbito municipal, sendo dividido em três setores: Norte – 33 unidades, Sul – 44 unidades e Região Serrana – 28 unidades.
A inspetora do Patrulhamento Escolar, Patrícia Moura explicou que as palestras orientam e mostram os perigos que a violência pode causar aos jovens. Patrícia informou que a grande questão enfrentada por todas as escolas envolvidas é a violência, seja ela causada pelo uso indevido de drogas ou até pelo ambiente onde os menores presenciam fatos e acabam incentivados a procederem da mesma forma, por assédio ou agressões de vários tipos, inclusive sexuais.
A inspetora conta que no início este trabalho foi muito difícil, pois as crianças tinham medo dos agentes.
- Hoje a nossa relação é muito boa, procuramos estar conversando, não só com os pequeninos, como com os adolescentes e jovens que nos ouvem, dando a possibilidade de orientá-los e conquistarmos a amizade de todos, informa Marly.
Durante as visitas aos estabelecimentos de ensino, o grupamento procura orientar os alunos sobre os perigos referentes à utilização de armas dentro das escolas, principalmente, as brancas (canivete, facas e tesouras). Vários objetos já foram encontrados com alunos e recolhidos à Guarda Municipal.
De acordo com Patrícia, no ano de 2004 foram realizadas 6.583 visitas com 243 ocorrências e 22 palestras. Em 2005 somaram-se 5649 visitas, 241 ocorrências, além dos auxílios a travessias de alunos em frente às unidades de ensino. Em 2006 foram 4.019 visitas e 225 atendimentos às ocorrências, que variam entre prestação de socorro, agressão física entre alunos, desvio de comportamento, agressão física e/ou verbal contra corpo docente e demais funcionários e presença de desocupados junto a muros e portões das escolas.
Os dados oscilam de acordo com a demanda de cada ano, tendo em vista o crescimento da rede municipal de ensino que de ano em ano vem recebendo mais alunos. Só nos dois primeiros meses de 2007, foram 200 visitas e 11 registros de ocorrências, antes mesmo de se iniciar o ano letivo de 2007.