Foto: Ana Chaffin
O projeto inédito na área da cultura capacita funcionários e docentes de unidades educacionais em artes
“Estamos moldando um ambiente educacional que reflete a diversidade da sociedade. Este passo não apenas promove igualdade de oportunidades, mas também enriquece o aprendizado ao integrar diferentes perspectivas e experiências. A ‘1a Jornada de Capacitação’ destaca nosso compromisso em garantir que todos os alunos recebam suporte adequado. Estamos construindo não apenas cursos de artes, mas um espaço onde a arte e a inclusão andam de mãos dadas”, disse o secretário de Cultura, Leandro Mussi.
“Ela me ensinou que eu era tão deficiente quanto ela, porque não saber lidar (com suas necessidades específicas) era uma deficiência minha. Precisamos de um exercício de consciência de que é necessário vencer as deficiências diárias do cotidiano humano. Isso se dará a partir deste momento, para a cada dia avançarmos mais. Esta escola promove educação e arte. Então, é um ambiente de liberdade, onde é preciso deixar que o outro seja o outro”.
“Trabalhando na Secretaria de Educação, percebemos que a inclusão precisa ser levada para fora dos muros da escola (regular). Por isso, há dois anos, estamos no movimento ‘Todos por uma Macaé Inclusiva’, levando este processo a todas as secretarias municipais. Nada melhor para uma criança com altas habilidades, desenvolver aqui (Emart) o seu potencial, ou para uma criança com dificuldades para interagir, desenvolver isso através das artes. Todos têm potencial para aprender alguma coisa”.
“No passado, as famílias buscavam esconder as suas crianças com deficiência. Por isso, elas não estavam nas escolas e nas ruas. Atualmente, estas famílias lutam pelos direitos de seus filhos com deficiência de estarem em todos os ambientes. Quanto mais estas crianças são estimuladas, mais terão evoluções”.
“Não podemos só projetar no outro aquilo que queremos, não favorecendo que ele mostre os seus desejos. A sociedade é construída por parcerias. Eles (PcD) têm um potencial a ser desenvolvido, resta saber se quem recebe estas pessoas estão acompanhando o desenvolvimento que elas estão apresentando. Nós não temos fórmulas prontas para a inclusão, porque cada um se manifesta a seu modo. Mas o primeiro passo é querer incluir e querer ouvir”, destacou.
“Esta capacitação é muito importante para nós que trabalhamos aqui. Estou na porta de entrada da Escola de Artes e preciso estar de braços abertos para acolher quem chega. Foi muito proveitoso. Estarei nos próximos encontros”, disse a servidora que trabalha na recepção da Emart, Giovana Florentino.
“Foi maravilhoso este primeiro módulo. E abriu a minha mente em vários aspectos, porque trabalho com crianças também no Centro de Atendimento Psicossocial Infantojuvenil (Capsi). É muito bom se aprimorar cada vez mais, para poder entender o que eles tentam passar para você e você tentar passar alguma coisa para eles”.
“Achei muito interessante, porque convivemos (na Emart) tanto com alunos com laudo, quanto em investigação. É uma questão social. Para uma conscientização; conhecimento das leis; saber lidar com cada deficiência e tratar cada aluno como um indivíduo, esta capacitação é muito importante. Com certeza, vou participar dos próximos módulos”, disse a professora de Teatro, Miliane Bodnarasec.
“Esta capacitação deveria ser estendida à população em geral. Como é importante o conhecimento para que possamos contribuir de alguma forma com quem tem necessidades específicas! Saio com grande aprendizagem”.