Escola de Pescadores e UFRJ realizam seminário “Educação e Trabalho”

08/02/2006 16:47:07 - Jornalista: Cesar Dussac

A Escola de Pescadores e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) realizam, em parceria, seminário sobre Educação e Trabalho. O seminário discute temas pertinentes às matérias técnicas e do ensino fundamental, ministradas na Escola por professores da UFRJ e da rede municipal. A programação começou na primeira semana deste mês e vai até sexta-feira (25), com palestras, exposições e oficinas na Escola e visitas dos professores e alunos a estabelecimentos de ensino, locais públicos e ecossistemas da região.

A primeira semana foi direcionada aos professores, que acompanham os alunos na primeira e segunda semanas. Nas aulas de ecossistema, os alunos viram in loco, em caiaques, o encontro do Rio Macaé com o mar e outras características biológicas da região.

Nesta quarta-feira (08) as turmas visitaram o Parque Nacional de Jurubatiba. Aprenderam que a área conta com elevada biodiversidade e grande fragilidade ecológica. Estiveram na lagoa que dá nome ao Parque, numa região que abriga mais 17 lagoas costeiras.
Os professores informaram aos alunos que o Parque tem 14.860 hectares, sendo 44 quilômetros de costa, e está inserido em planície arenosa costeira. A área, conhecida como restinga, é na realidade um conjunto de ecossistemas diferenciados. A restinga de Jurubatiba é um trecho único do litoral brasileiro, o qual é biograficamente diferenciado dos demais, através de processos ecológicos, de fauna e flora características. Além do conhecimento do Parque, os alunos realizaram uma atividade intitulada Encontro e Mostragem.

Segundo os professores, os alunos têm que encontrar algum elemento que lhes chame a atenção e devem elaborar teses que expliquem o porquê do fenômeno encontrado. No Parque, ao encontrar cactos, tiveram de descobrir a razão dos espinhos na espécie vegetal. Após debates, orientados pelos professores, concluíram que os espinhos são os elementos característicos de defesa da planta.
Após o lazer na lagoa, os 15 alunos e cinco professores fizeram a coleta do lixo da área, separando por categoria – plástico, lata, e outros materiais - e levaram para a escola. Como atividade complementar, produziram, individualmente, uma narrativa da visita. O último trabalho, em grupo, foi a elaboração de uma maquete com a solução para a transferência da tubulação que corta o Parque.