A Escola Municipal Maria Letícia Santos Carvalho, situada no bairro Novo Cavaleiros, promoveu a aula inaugural do curso de graffite, às 10h, desta sexta-feira (07). O professor Marlon Muk, responsável pelo curso, falou sobre o tema “O que é o movimento Graffite e a diferença entre ele e a pichação”. O curso terá um período de aulas teóricas (1ª parte), durante quatro meses, ministrado na sala de vídeo da escola. A 2ª parte constará de aulas práticas com desenho e pintura de spray em painéis.
Foram selecionados 80 alunos, divididos em dois turnos – 40 em cada turno – manhã e tarde. Muk fala de sua experiência com alunos. “Durante um ano, trabalhei com alunos do município, em atividades extra-muros, porque não sou professor da rede”, explicou.
Quanto aos resultados, Muk afirmou que foram gratificantes, atingindo os objetivos traçados. “Um desses jovens passou a fazer parte do primeiro grupo de graffite de Macaé, organizado por mim, intitulado Kolirius Crew. Hoje, esse aluno é destaque na criação de letras”, contou.
Alguns alunos falaram da motivação que os levou a se inscrever no curso de graffite. “Desenho desde pequeno e gostaria de ver meus trabalhos em exposição em painéis”, disse Guilherme Cabral, 14 anos, 7ª série. Gabriel Muniz, 7ª série, 14 anos, teve a mesma motivação de Cabral. Para Michel da Silva, 15 anos, 8ª série, “é manero” ver os desenhos nos muros. “Quero ver os meus também”, afirmou.
Falando em nome da diretora geral Simone Viana, a diretora adjunta Catarina Labouré justificou a escolha, em consenso, da direção e equipe pedagógica. “Segundo a legislação, a aprendizagem tem que ser significativa. Tem que partir do universo dos alunos, do que lhes dá prazer. A escola não pode ficar de fora do contexto social e cultural. O graffite faz parte do movimento hip hop, que se tornou uma ferramenta significativa e eficaz na educação dos jovens”, explicou Labouré.