Foto: Guga Malheiros
Inscrições poderão ser feitas até o dia 6 de setembro, das 9h às 18h
Atravessar experiências estéticas no campo das expressões artísticas tendo como contraponto pensar e agir sobre a ruptura de paradigmas estéticos. Esta é a atitude que move o curso Desobediência Criativa que terá início dia 10 de setembro na Escola Municipal de Artes Maria José Guedes (Emart). O curso foi organizado para seis encontros e tem calendário reservado para as segundas-feiras, das 14 às 17h, cada um deles com duração de três horas. Para participar, os interessados devem ter mais de 16 anos. As inscrições, gratuitas, poderão ser feitas até o dia 6 de setembro, das 9h às 18h. As vagas são limitadas.
Compreendendo por um lado a estética como campo privilegiado da ação humana, e por outro a banalização recorrente do uso da arte como homogeneização das subjetividades e/ou expressão de salvação ou contenção sutil, o curso aborda a percepção crítica dos seus conteúdos. Não coincidentemente, refuta a tese inclusiva de projetos sociais e seus pares, bem como problematiza o uso das energias raivosas como possibilidade de abertura ao processo descrito como “conflito estético, desobediência e criação”. Portanto, a relevância do tema se faz numa dupla dimensão: simbólica e epistemológica.
O objetivo deste curso é estimular a reflexão sobre os processos do uso do ensino da arte em diversos espaços sociais da educação formal e não formal. Tem ainda como finalidade debater sobre os efeitos de uma política de corpo, observada pelo espectro da diversidade em questão. Pretende também fomentar ações no campo prático, para possíveis desdobramentos das respectivas práxis dos participantes. Como método de ensino, o curso oferece aulas expositivas, atividades práticas, análise com recursos audiovisuais e textuais, debates e atividades de pesquisa.
O curso Desobediência Criativa será ministrado pelo antropólogo, escritor, professor e doutor em Ciências Sociais, Paulo Emílio Azevedo, detentor de prêmios como Rumos Educação, Cultura e Arte/Instituto Itaú Cultural, 2008 e “Nada sobre nós sem nós”/Escola Brasil/Minc, 2011. Atuou como artista e conferencista em diversos países, destacando sua participação na coordenação do projeto “Micropolíticas do corpo” (Territoire de la Danse, Tremblay/França, 2011). Representou o Brasil no Printemps Littéraire Brésilien (Paris/França, 2017), no Encontro Centro e Periferia, a produção da dança contemporânea hoje (Oslo/Noruega, 2007) e no WCPRC (Prêmio Nobel dos Direitos das Crianças no Mundo) na Suécia, 2007.
O professor Paulo Azevedo publicou 13 livros. Foi também idealizador do Sarau Tagarela (o maior slam do mundo), sendo um dos introdutores da prática e pesquisa do Poetry-Slam no Estado do Rio de Janeiro, desde 2006. Atualmente, desenvolve os projetos Cia Gente - redes de protagonismos e criação -, e Fundação PAz, que se debruça sobre as publicações de sua autoria.
A Emart funciona no Centro Macaé de Cultura, Av. Rui Barbosa, 780 - Centro.
Calendário dos encontros: