O teste de aceitabilidade com feijão de corda produzido em Macaé, que tem o objetivo de introduzir um novo alimento no cardápio da merenda escolar da rede municipal de ensino, foi realizado esta semana pela Secretaria de Educação. A etapa realizada no Colégio Municipal Aroeira, na quarta-feira (6), e na Escola Municipal Almir Francisco Lapa, na quinta (7). A ação já havia acontecido em fevereiro, na Escola Lyons, no Colégio Pedro Adami e na Escola Joffre Frossard.
O teste foi realizado com uma mostra do alimento, experimentada pelos alunos pouco antes do horário do almoço. Após esta etapa, eles preencheram uma ficha de avaliação, que é o instrumento usado para saber se a preparação sugerida será aceita pelos estudantes. Daí, até semana que vem, sairá o resultado obtido nestas duas escolas.
— Temos que fazer a amostragem de 100 a 500 alunos. Atingindo o número de alunos determinado, teremos a comprovação metodológica do teste e que ele foi realizado de maneira adequada — afirmou a nutricionista responsável pelo Programa de Alimentação Escolar no município, Dina Freitas Reis.
De acordo com a diretora adjunta Escola Municipal Almir Francisco Lapa, Valme Ribeiro de Souza, os alunos são bastante exigentes com o cardápio que indica o que será servido na escola. No entanto, ela afirma que, pelo visto, o feijão de corda foi bem aceito: “Avaliamos o teste como positivo, pelo que nos foi passado pela equipe de nutrição. Até porque a nossa merenda é muito bem feita, gostosa e as crianças costumam sempre se manifestar sobre tudo que servimos a eles”, disse.
Nélvio Riazza Neto, de oito anos, foi um dos alunos que se manifestaram sobre o teste do qual ele foi um dos participantes. Apesar de não ter apreciado muito o sabor do feijão de corda, ele gostou de fazer parte deste processo de escolha: “Achei legal participar do teste. Nunca tinha experimentado este tipo de feijão antes e achei bastante diferente do feijão normal”, afirmou o aluno do 3º ano.
Já seu colega de turma, Renan Nascimento, que também participou do teste de aceitação contou que mesmo sendo diferente, caso o feijão de corda entre no cardápio, ele irá gostar: “Também nunca tinha experimentado este tipo de feijão, mas estava muito bom. Foi bem legal participar do teste”, falou o aluno de oito anos.
Os testes de aceitabilidade seguem normas do Fundo Nacional de Desenvolvimento (FNDE), já que o Ministério da Educação (MEC) determina que o alimento só seja aprovado se sua aceitação for maior do que 85%, evitando o desperdício. Além disso, o feijão de corda, apesar de possuir nutrientes essenciais como proteínas, ferro, cálcio, vitaminas (principalmente do complexo B), carboidratos e fibras, não é um produto comum na alimentação local.