O Colégio Municipal Maria Isabel Damasceno Simão recebeu a visita de dez escolas – uma média de 2,8 mil alunos - na primeira semana da exposição “Portinari, Arte e Meio Ambiente”. O evento foi inaugurado segunda-feira (07), pela secretária de Educação MIlmar Pinheiro e representantes da Smith International do Brasil, patrocinadora do evento – o Gerente Brasil da Simith Services, Fernando Zuliani, e o Gerente Brasil da Smith Bits, Hélio Pessoa, que atua em Macaé.
Milmar Pinheiro comemorou os resultados práticos na educação dos alunos e aplaudiu a iniciativa da empresa. “Os estudantes precisam conhecer as obras desses expoentes das artes, bem como escritores de renome, sejam eruditos ou populares, para que recebam educação de fato. A iniciativa da empresa Smith International, ao patrocinar a vinda de uma exposição com parte das obras de Portinari, se inclui no rol das empresas conscientes de responsabilidade social, como podemos citar a Petrobras, a Schlumberger e algumas outras, que têm firmado parcerias com a prefeitura”, afirmou Milmar.
Segundo a secretária, o ideal é que outras empresas, mesmo as menores, venham a cooperar com a Educação na formação de verdadeiros cidadãos em Macaé, implementando ações do mesmo nível em outros municípios brasileiros.
A diretora do Colégio Maria Isabel, professora Lucy, falou da reação dos alunos. “Professores haviam proposto trabalhos sobre Portinari, antes da exposição. Por isso, muitos alunos já conheciam o pintor. Não há dúvidas de que a exposição enriqueceu os conhecimentos dos alunos, tanto pelo número quanto pela análise mais detalhada da obra. As oficinas, abertas a outras escolas, começam na segunda-feira (14). A exposição permanece no Maria Isabel até a próxima sexta-feira (18). Até o final de novembro, percorrerá outras cinco escolas pólo”, informou a diretora.
A exposição, organizada pela Ong Projeto Portinari, sediada na PUC/Rio, que capacitou 70 professores voluntários para transmitir ao público, estudantes e professores, a leitura da obra de Cândido Portinari, sob a ótica da ecologia, foi montada com cópias digitais das obras do pintor. Segundo a coordenadora do Núcleo Arte/Educação do Projeto Portinari, Suely Avellar, o objetivo da Ong é difundir e catalogar a obra de Portinari em todo o mundo, a começar do Brasil, organizando exposições nas escolas.
A coordenadora citou algumas das orientações passadas aos professores durante a capacitação. “Peçam aos alunos que observem cada quadro no seu todo. Diante da obra Retirantes, por exemplo, perguntem se eles conseguem reconhecer nos personagens e ambiente as injustiças sociais. Perguntem se sabem que Portinari foi o primeiro pintor a denunciar a situação sub-humana em que os imigrantes do Nordeste vinham para o Sul”. Suely sugeriu que, ainda utilizando a réplica do quadro Retirantes, os guias discutam como as cores podem ser descritivas, simbólicas, e como podem sugerir um estado de espírito ou uma emoção.