Foto: Rogério Peccioli
Encontro debateu processos da escravidão em Macaé
Três estudantes do sexto período de Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF–Macaé) participaram da Série Encontros, na tarde desta sexta-feira (6), no auditório Washington Luís (Solar dos Mellos). Eduardo Roberto de Sales, Alana Ozório Fernandes e Fabianni Mussi de Araújo deram palestras sobre a temática da escravidão. Eles são orientados pelo professor Daniel Arruda Nascimento.
Eduardo desmistificou a tese do historiador Gilberto Freire, autor do clássico “Casa Grande e Senzala”, de que a escravidão brasileira foi mais branda e tranquila que a norte-americana. Segundo o aluno de Direito, a miscigenação e o livre acesso ao trabalho no Brasil por parte dos negros não significam características mais atenuantes à escravidão no Brasil, como Freire aponta.
Já Fabianni Mussi de Araújo fez referências à inserção do escravo no ordenamento jurídico brasileiro da época da escravidão, enquanto que Aline Ozório Fernandes tratou de assuntos sobre eugenia (estudo que busca interferir nas pessoas e suas qualidades raciais), analisando o racismo e tentando compreender suas origens em torno do negro.
A pesquisa do trio de estudantes de Direito também teve como base de consultas o acervo do Solar dos Mellos. Nela, aspectos teóricos como os que analisam os processos judiciais levam à compreensão da condição jurídica dos escravos em Macaé e região.
O "Encontros no Solar dos Mellos" é promovido pela vice-presidência de Acervo e Patrimônio Histórico da Fundação Macaé de Cultura (FMC).