A montagem dos estandes dos 65 estandes que vão compor a I Bienal do Livro de Macaé começou nesta sexta-feira (dia29), no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho. O evento que começa na próxima terça-feira, dia três, e vai até o dia oito vai reunir grandes nomes da literatura brasileira em Macaé. Tanto a população macaense quanto das cidades vizinhas terão a oportunidade de conhecer os autores durante a Bienal, que terá entrada franca.
A expectativa dos organizadores é que passem pela Bienal aproximadamente 50 mil pessoas, entre adultos e crianças. No primeiro dia da Bienal,
a escritora Lygia Bojuna Nunes estará presente no café literário às 17h apresentando as aventuras do livro “No sofá com Lygia Bojunga Nunes”.
Antes de ser escritora, Lygia trabalhou em rádio e televisão. Seus trabalhos seguem a tradição do realismo mágico e de contos fantásticos que brotaram no continente Latino-Americano, tradição que ela desenvolve e aperfeiçoa. Nos seus contos narrados, com uma presença cênica marcante, tudo pode acontecer. De uma forma profundamente original, reúne o riso, a beleza poética e um humor absurdo, realçando a liberdade, a crítica social e uma solidariedade forte pelas crianças desprotegidas. As fantasias servem muitas vezes como forma de ultrapassar experiências pessoais difíceis ou como fuga de uma realidade cruel.
Escritora brasileira, Bojunga já escreveu várias peças de teatro, publicou o seu primeiro livro infantil, Os colegas, em 1972. No seu mais recente livro, Retratos de Carolina, 2002, esta escritora, sempre em busca do experimento, enveredou por um novo caminho. Neste livro, o leitor segue o personagem principal desde a infância até à vida adulta, num romance que parcialmente tem meta-característica. Bojunga rompe assim as fronteiras da literatura infanto-juvenil, numa tentativa descrita por si mesma de dar lugar a si própria entre os personagens que ela criou numa única casa “uma casa que eu própria inventei”.
As obras de Bojunga estão traduzidas para várias línguas, entre as quais francês, alemão, espanhol, norueguês, sueco, hebraico, italiano, búlgaro, checo e islandês. Recebeu vários prêmios, entre eles, o Prêmio Jabuti (1973), o prestigiado Prêmio Hans Christian Andersen (1982) e o Prêmio da Literatura Rattenfänger (1986). Seus livros têm sido altamente recomendados pela crítica européia, estão sendo radiofonizados em vários países e um deles (Corda Bamba) foi filmado na Suécia.
*Colaborou Fabiana Sardinha - Fagga Eventos