Macaé começa a descobrir uma nova vocação econômica para a era pós-petróleo. E a aposta agora é no segmento de ciência e tecnologia, que começa a despontar em nível nacional. Com apoio da secretaria de Ciência e Tecnologia de Macaé (Sectec) alunos da Escola Técnica Federal de Macaé tiveram a oportunidade de participar da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), em São Paulo.
Dos 700 trabalhos de todo Brasil que concorreram, 207 foram selecionados e participaram em sete categorias. O projeto “Produzindo Biodiesel” conquistou a categoria Ciências Exatas e da Terra. A cerimônia de premiação aconteceu no último sábado (dia 25), no Memorial da América Latina.
Para o secretário de Ciência e Tecnologia, Guilherme Jordan, essa premiação é uma demonstração da capacidade de Macaé, que conseguiu demonstrar competência de explorar uma fonte de energia. “Nós queremos inserir os jovens macaenses na área de ciência e tecnologia e assim oferecer condições de promover a inclusão digital”, disse.
Segundo Jordan, Macaé teve um crescimento acelerado que não foi acompanhado por diversos setores. Na tentativa de encurtar este espaço, a Sectec tem promovido ações como feiras e fóruns. “Esse é um setor que tem se fortalecido a cada ano, como por exemplo, na área da saúde com a telemedicina, na comunicação com as teleconferências”, relatou o secretário, adiantando que a principal proposta permitir o acesso da comunidade aos avanços tecnológicos.
A orientadora do projeto, Margarida Lourenço Castelló, lembra que essa sustentação com o petróleo é passageira e Macaé tem capacidade para alcançar outras tecnologias. “O projeto tem um cunho cientifico: a fabricação biodiesel a partir do óleo de soja com etanol”, explica a orientadora. Para ela, essa premiação irá estimular o desenvolvimento de outros setores. “Material humano nós já temos”, comemorou.