Termina na próxima sexta-feira (27) a exposição “Entre Tensiones”, da artista plástica Verônica Ramirez. A mostra está acontecendo na Galeria de Artes Hindemburgo Olive (GaHO), com apoio da Fundação Macaé de Cultura, desde o dia 16. Ainda há tempo para os apreciadores de trabalhos artísticos deixarem-se envolver por mais de 30 pinturas, desenhos e colagens, além de algumas instalações, dirigindo-se à Galeria de Artes, na Avenida Rui Barbosa 780, prédio do Centro Macaé de Cultura, das 13h às 18h.
Verônica Ramirez, 34 anos, é natural da Venezuela e está de passagem pela cidade. Aos 15 anos, começou a vida artística, em Caracas, onde fazia pintura a óleo. “Nesta época, eu não tinha compromisso. Tudo era espontâneo”, conta. Dois anos depois, aos 17, decidiu aprofundar seus conhecimentos aproveitando viagem que fez a Toronto, no Canadá. Neste país, localizado no Norte das Américas, desenvolveu estudos sobre desenhos, aquarelas, técnica em carvão e outros. “Estes foram ensinamentos acadêmicos”, pontua.
Ao retornar à Venezuela, estudou desenho gráfico por um ano. Porém, sua realização realmente se encontrava nas artes plásticas. Decidiu parar o curso e foi em 1996 para Nova York, onde viu que a arte divide-se em beleza (estética, decoração) e essência, fato que muda a vida das pessoas, sendo uma visão mais aprofundada que a estética, pois pode provocar horror, medo, sentimentos diversos, inclusive agonia e rejeição.
Na exposição em Macaé, a artista está apresentando ao público trabalhos lúdicos que lembram sua infância. Tudo com técnica mista sobre papel especial. Por meio das instalações, Verônica busca provocar sentimentos diversos em cada expectador. Através da arte, ela propõe um diálogo aberto com o público, permitindo a cada pessoa envolver-se e sentir-se de acordo com o seu movimento interior.
– Essas instalações são montagens artísticas, que têm como objetivo direcionar uma visão diferenciada do objeto – disse o curador da GaHO, Eisaburo Mori. Segundo ele, Verônica Ramirez faz significativas pesquisas através das experimentações artísticas, enfocando imagens vivenciadas e retidas em suas memórias, lembranças e reminiscências. “Ela busca expressar tudo isso em formas e cores, obtendo como resultados trabalhos importantes”, analisa o curador.
– Além disso, Verônica nos leva a um olhar cujas referências históricas baseiam-se nas escolas impressionista, expressionista, surrealista e dadaísta – explica Mori, acrescentando que na imaginética própria da artista (sentido artístico com elaboração intelectual), os alicerces são a razão e a emoção, proporcionando uma viagem de fantasia e de realismo.