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Famílias do Lagomar assinam contrato de financiamento da casa própria

22/03/2006 16:02:26 - Jornalista: Marilene Carvalho

O ano de 2006 ficará na história de Macaé como o início de uma nova era na questão de moradia, que está focada na política de inclusão social do governo Riverton Mussi. Essa é uma realidade que chega primeiro para as famílias que mais sofreram com o vento forte que atingiu o Lagomar, em junho do ano passado. O contrato para a construção das 14 unidades iniciais do Projeto Lagomar foi assinado nesta quarta-feira, 22, na agência da Caixa Econômica Federal, com a intermediação da Empresa Municipal de Habitação, Urbanização, Saneamento e Águas (Emhusa).

Daqui a 30 a 45 dias as primeiras famílias beneficiadas do Lagomar vão receber as chaves das novas casas, que são compostas de dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Este é o prazo estipulado para a conclusão da obra, que começa na próxima segunda-feira, 27. A quitação dos imóveis será feita em seis anos, ao valor inicial de R$ 29 mensais, totalizando um custo de R$ 1.500 para cada família. Para este contrato, serão financiados R$ 8 mil pela Caixa e R$ 2 mil através Emhusa, valores que serão aplicados na compra de materiais de construção. O restante do financiamento será complementado pelo Município de Macaé, por intermédio da Emhusa.

Um dos contemplados com o projeto é o pintor Ayres Marques Silva, de 32 anos. Casado, com quatro filhos e outro a caminho para a estréia da nova moradia, ele confirma o dito popular de que há males que vem pra bem. “No dia do vendaval eu cheguei em casa e encontrei minha casa no chão. Depois do choque, fiquei aliviado porque meus filhos foram socorridos por um vizinho e tinham sofrido apenas arranhões. A antiga casa não tinha nenhuma estrutura”, contou Ayres, satisfeito com a oportunidade de adquirir um imóvel de qualidade.

Durante o período de construção das unidades a prefeitura assumirá os custos da hospedagem de seis famílias, que estão numa pensão localizada no bairro São José do Barreto, vizinho ao Lagomar. O restante das famílias preferiu aguardar o término das obras em casa de parentes. “Nosso papel é servir a população naquilo que ela merece e necessita. Nós, da Emhusa, somos apenas um instrumento desse trabalho, cujo resultado se resume na entrega das chaves e na garantia da casa própria”, disse o presidente da empresa, José Cabral da Silveira.

O Projeto Lagomar prevê um total de 250 unidades habitacionais. O próximo passo da Emhusa será a construção de mais 20 casas para as famílias cadastradas e identificadas pela Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) como vítimas do vendaval, que neste primeiro momento estão tendo prioridade dentro dos critérios de seleção. De acordo com o gerente da agência da Caixa em Macaé, Sidney José Schuan, o aporte financeiro de R$ 89 milhões para aplicação em projetos de habitação do Município, como o do Lagomar, é o maior já feito pela Caixa no interior do país.