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Famílias são removidas da Ladeira de Santana para abrigo provisório

20/12/2005 16:56:51 - Jornalista: Catarina Brust

A prefeitura de Macaé, em ação conjunta com as secretarias de Obras (Semob), Promoção Social (Sempros) e Serviços Públicos (Semusp), Coordenadoria de Defesa Civil (Comdec) e Fundação de Ação Social (FAS), transferiu sete famílias que estavam em área de risco na Ladeira de Santana para um hotel no bairro do Barreto. Onze famílias tiveram suas residências interditadas pelo Comdec devido ao deslizamento de terra que atingiu a área nos dias 11 e 12 de dezembro.

- O prefeito de Macaé determinou que as onze famílias fossem removidas do local. A Defesa Civil, além das outras secretarias, realizaram a parte operacional da ação de transferência das famílias – explica o tenente B.M. Eric Schueler, coordenador do Comdec.

Das onze famílias, sete estão abrigadas num hotel no Barreto, duas em casa de parentes e outra transferida para uma casa da Sempros, no bairro do Visconde de Araújo. Essas famílias vão aguardar o término das casas que a prefeitura está construindo no Bosque Azul para serem transferidas. A previsão é que as residências fiquem prontas em fevereiro.

Na parte de cima da Ladeira de Santana, quatro residências estão em risco eminente por causa de deslizamento terra. Segundo o Comdec, essas famílias recusam-se a deixar o local. “Elas ficam de dia nas casas e saem à noite para dormir”, esclarece Schueler. Engenheiros da Semob estão fazendo um mapeamento de todas as áreas de risco existentes na cidade.

No hotel em que estão abrigadas no Barreto, as famílias recebem café da manhã, almoço e janta, e dispõem de área de lazer. Lúcia de Oliveira Souza, 23 anos, atendente foi transferida com o esposo. A filha foi para a casa da avó em Itaperuna. “Na casa próxima a minha houve deslizamento de terra. Acho legal a prefeitura ter se preocupado com a gente, estamos tendo um bom tratamento aqui. A prefeitura trouxe nossos móveis e, agora, vamos aguardar que as casas populares fiquem prontas para sermos transferidos”, diz Lúcia.

Com o esposo e mais quatro filhos (de 2, 3, 7 e 9 anos), Kátia Dias, 30 anos, dona de casa, está satisfeita com o alojamento temporário. Segundo ela, o telhado de sua casa quase foi atingido por uma árvore. “Aqui é um lugar mais seguro. Estamos na esperança de sermos transferidos para as casas que vão ficar prontas dentro de dois, três meses”, ressalta.

A casa de Lúcia Maria da Conceição, 42 anos, do lar, e do marido Jorge Henrique Soares Nunes também foi atingida por deslizamento de terra e uma árvore. “O tratamento que recebemos aqui é bom. A prefeitura nos comunicou que quando as casas ficarem prontas no Bosque Azul nós vamos ser transferidos”, afirma Lúcia.