A Fundação de Ação Social (FAS) e a secretaria da Infância e Juventude (Sinjuv) promovem evento festivo para comemorar o Dia das Crianças, no Centro Municipal de Apoio à Infância e Adolescência (Cemaia). A festinha - cujo objetivo é levar alegria a 20 crianças e adolescentes, com idades entre zero e 18 anos incompletos – acontece nesta quarta-feira (11), às 17h.
Durante a festa, as crianças recebem visita de padrinhos que lhes proporcionam assistência afetiva e material. A modalidade de apadrinhamento foi implantada após a participação de profissionais da FAS no 10º Encontro Nacional de Apoio à Adoção (Enapa), realizado em Goiânia, em 2005, em uma iniciativa do presidente da fundação, Fernando Horta.
- O projeto de apadrinhamento foi autorizado pelo juiz, que só permitiu isso caso os padrinhos fossem funcionários da fundação – afirma a assistente social da FAS, Samantha Fragoso. – Idade, sexo e características das crianças foram conhecidas pelos funcionários pretendentes a serem padrinhos, sendo importante a aproximação entre eles e as crianças abrigadas. Tudo isso vale também para outras datas festivas como o Natal e Páscoa. O objetivo é que as crianças não se sintam sozinhas.
Para a coordenadora do Cemaia 2, Estela Maris Marendino, da Sinjuv, é importante comemorar o Dia das Crianças no centro de apoio devido ao fato de alegrá-las e dar-lhes tarde festiva com diversão e brincadeiras.
Cemaia
Treze crianças abrigadas no Cemaia foram adotadas no ano passado. O número – expressivo para a realidade brasileira – mostra porque a entidade é considerada referência nacional no cuidado com menores vítimas de abandono familiar.
Hoje, são 13 profissionais trabalhando no Cemaia, localizado no bairro Virgem Santa. O principal objetivo do centro é promover a reintegração das crianças às suas famílias de origem. Caso isto não seja possível, buscam-se alternativas como a adoção junto com o Ministério Público.
O Centro está dividido em duas casas: uma para crianças de zero a seis anos de idade (setor 1) e outra para crianças e adolescentes de sete anos a 18 incompletos (setor 2). Em oito anos, 1,6 mil crianças e adolescentes de Macaé, região e cidades fora do estado já passaram pela entidade.
As profissionais que atuam no Centro são quatro assistentes sociais, duas psicólogas, uma pedagoga, duas coordenadoras, uma responsável técnica e três estagiárias em serviço social. Além disso, também trabalham no local guardas municipais e monitores que dão segurança aos abrigados.
O Cemaia proporciona um ambiente acolhedor, sendo apenas um abrigo provisório. De acordo com a coordenação, o mais importante é que os jovens reencontrem a família de origem ou uma substituta. Além disso, o trabalho tem a meta de inseri-los na comunidade. Todos estudam e participam de programas comunitários.
Conforme o desejo e a habilidade de cada um, acontece prática de atividades culturais, esportivas e de lazer. Existe uma sala especializada em promover trabalhos manuais (arte terapia). O refeitório é amplo, são três quartos no setor 2: um para meninas, outro para meninos de sete a 12 anos e um terceiro para rapazes de 13 a 18 anos incompletos.
Os jovens internados no local são levados pelo Conselho Tutelar, Ministério Público e Juízo da Infância e da Juventude. Estes órgãos são os únicos que podem aplicar medida protetiva, promovendo a internação das crianças.