Foto: Erica Ferreira
Comunidade quer festejar nos moldes antigos.
Para os moradores de Glicério, quantidade e modernidade não superam em nada os quesitos qualidade e tradição. Com isso querem mostrar que a comunidade deseja festejar o dia do padroeiro, Santo Antônio, como nos moldes antigos, mantendo a paz e resgatando a tradição deste evento anual tão aguardado por todos. Além de inibir os excessos, os organizadores da festa querem também dar mais visibilidade às iniciativas dos artistas e produtores de Macaé.
De acordo com o presidente da Associação Comunitária de Glicério, Edmo Lidoino Pereira, o evento este ano será voltado principalmente para o povo da serra. “Presenciamos em edições passadas um processo de degradação cultural e de identidade, onde se traziam barraqueiros e ambulantes de outras cidades, sem valorizar ou respeitar nossa gastronomia e outros segmentos relacionados às festividades da região”, citou, enumerando uma das situações que foram desconfigurando a festa de Glicério ao longo do tempo.
Nos últimos anos, por exemplo, a festa de Glicério vem sendo “invadida” por muitos desordeiros, descaracterizando o conceito de ordem que a população local sempre quis manter no distrito. Uma das ações voltadas ao resgate do clima de tranquilidade, típico da região serrana, será a proibição da entrada de carros de som, e para isso a comunidade contará com o apoio das forças policiais da cidade. O único som permitido durante o evento será do palco.
À frente da organização da festa de Santo Antônio de Glicério, este ano, a associação comunitária elaborou uma programação que contempla atividades artísticas, esportivas e de entretenimento. Em cada uma delas foi dada prioridade aos valores locais, como a Exposição de Arte e Poesia no Vale de Crubixais, uma homenagem póstuma ao versátil artista glicerense, Carlos Magno Abreu Ferreira, que muito orgulha a todos com o legado de suas obras.