O XII Festival de Teatro de Macaé conquistou unanimidade de crítica e público, que tem comparecido em peso ao Teatro Municipal. O festival, que termina no domingo, com premiação dos vencedores, está sendo bastante elogiado pelos jurados, todos diretores do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão do Estado do Rio de Janeiro (Sated/RJ). A diretora e produtora de eventos Ana Lamenha, o ator e diretor Marcos Cinelli e o diretor técnico de iluminação Cláudio Piovesan disseram que o nível e a qualidade das peças teatrais estão muito bons.
Segundo Ana Lamenha, há diversificação de temas, apresentados ao público de diferentes maneiras. Nas peças infantis, a ecologia está sendo mostrada de modos distintos. “Um festival como este possibilita que se reflita a visibilidade do trabalho do ator”, enfatiza. Como objetivo do evento, ela citou a disseminação da arte para o público, especialmente o infantil, que serão os futuros expectadores de teatro. “Além de lazer, acrescido de cultura, há a formação de platéia”, explica.
Já o diretor técnico Cláudio Piovesan disse que é necessário mais patrocínio com responsabilidade social por parte das empresas para estes tipos de eventos. “A infraestrutura para acolher os grupos ainda está carente em todo o estado”, adverte. Em Macaé, eles vieram a convite da Vilart’s Produções Artísticas, organizadora do festival, e recebem apoio da Fundação Macaé de Cultura e da prefeitura de Macaé.
Para os jurados, trabalhos como o do XII Festival só acontecem em Nova Iguaçu, onde se realiza o Encontrar-te. Para isso, a Petrobras, o Clube de Diretores Lojistas e a prefeitura daquela cidade ajudam no encontro artístico. “No Estado do Rio, só em Macaé e em Nova Iguaçu ocorrem eventos deste porte”, comentou o diretor técnico. Segundo ele, o Sated/RJ tem fomentado delegacias no interior do estado para propagar o teatro. “O futuro cultural e artístico localiza-se no interior”, afirma.
Ana concorda, ressaltando que existem grandes atores anonimato, que estão fora do foco das câmeras de televisão. “Estes grupos são formados por heróis, pois mesmo sem patrocínio vão à luta, não desanimam e levam o espetáculo teatral adiante”, disse o ator e diretor Marcos Cinelli.