Por dez votos a um, a Câmara dos Vereadores aprovou a lei que viabiliza o patrocínio da prefeitura de Macaé ao filme “A Justiça dos Homens”, que conta a história de Motta Coqueiro, que ficou conhecido também como “Fera de Macabu”. A votação aconteceu na sessão desta quarta-feira (28), onde estiveram presentes diversos agentes culturais de Macaé, além da diretora do filme, Cristiane D’Amato, e da presidente da Fundação Macaé de Cultura, Ivana Mussi.
Aos R$ 500 mil doados pela Telemar e aos R$ 500 mil entregues à produção do longa metragem pela Eletrobrás, se juntarão agora outros R$ 500 mil provenientes da prefeitura de Macaé. Segundo o produtor Júlio Uchoa, da Ananã Produções, responsável pelas filmagens, os R$ 3 milhões restantes para a execução do projeto serão conseguidos através de parcerias, distribuidores, investidores do setor áudio visual e da iniciativa privada.
O papel de Mota Coqueiro deve ser interpretado pelo ator global Du Moscovis. Serão 22 atores e150 figurantes trabalhando no filme, que terá duração de 1h45. A previsão para o início das filmagens é para o dia 31 de julho e o término deve ser no dia cinco de setembro. O palco para as filmagens serão as cidades de Macaé, Carapebus, Quissamã, Conceição de Macabu e Rio das Ostras, cujas prefeituras também darão apoio durante as filmagens. A produção, setor técnico e corpo de atores serão realizados por pessoas destas cidades.
Para a diretora Cristiane D’Amato, o que a motivou a fazer o filme foi o fato de o Brasil inteiro não conhecer a história de Motta Coqueiro, importante por abolir a pena de morte no país. No filme haverá a apresentação do fato histórico com misturas de ficção. “Mas a diferença entre a ilusão e a realidade será notada claramente pelos expectadores”, avisa a diretora. O longa baseia-se no livro “A Fera de Macabu”, de Carlos Marchi.
Cristiane já fez 29 longas. Foi co-diretora no filme “O Tesouro da Cidade Perdida”, com Xuxa; diretora assistente em “Se eu fosse você”, dirigido por Daniel Filho; primeira assistente no filme “Copacabana”, que teve Carla Camurati como diretora e outros. “Através do filme ‘A Justiça dos Homens’, pretendo manifestar posição contrária à pena de morte, que vez ou outra é ventilada no país”, justifica a diretora, acrescentando que foi preciso um inocente (Motta Coqueiro) morrer para que esta lei fosse proibida.
De acordo com a presidente da Fundação Macaé de Cultura, Ivana Mussi, é importante para Macaé e para a Fundação a realização deste filme porque vai purificar a história, um marco para o país. “Através desta produção cinematográfica, Macaé estará iluminada, desmistificando uma história que se voltou contra a estrutura de nossa cidade”, enfatiza.