Trinta e cinco atores da região – Macaé, Quissamã e Conceição de Macabu – vão participar do filme “A Justiça dos Homens”, que vai contar a história de Mota Coqueiro. Cerca de 70 pessoas fizeram testes esta semana no Centro Macaé de Cultura para participar da produção, que conta com o apoio da prefeitura de Macaé e da Fundação Macaé de Cultura (FMC). Os testes foram feitos pela assistente de direção Flávia Guimarães.
Segundo o produtor do filme, Júlio Uchoa, da Ananã Produções, a direção de “A Justiça dos Homens” será de Cristiane D’Amato. Nos papéis principais, Eduardo Moscovis, como Mota Coqueiro, Vanessa Gerbelli , Milena Toscano e Josias Amon – atual coordenador da Corafro da FMC.
No Rio de Janeiro, esta foi a terceira semana de ensaios para o início das filmagens .Uchôa disse que os ensaios têm a presença de Márcia Rubim, que avalia a expressão corporal dos atores. Também há assistência da psicanalista Evelyn Diztzer, que busca construir as emoções de cada personagem.
No dia oito de agosto, as filmagens começam no Rio, numa grande mansão no alto da Tijuca. Em Macaé, Conceição de Macabu e Quissamã, as cenas começam a ser gravadas no dia 17 do mesmo mês, chegando ao fim no dia 11 de setembro. Nos próximos dias, o diretor de arte Alexandre Méier construirá os cenários junto com cenógrafos de Macaé.
De acordo com Júlio Uchoa, a adaptação da história tem o objetivo de resgatar o fato – que provocou o término da Lei de Pena de Morte no país – de forma a valorizar o Brasil, a região e também o personagem. Além de tudo, restaurantes da orla da praia dos Cavaleiros e uma rua no Morro (ao lado da Petrobrás) mostrarão cenas atuais. É que o filme tem uma parte de época (século XIX) e outra na atualidade, havendo também uma mistura de ficção com realidade.
Serão 22 atores e 150 figurantes trabalhando no filme, que terá duração de 1h45m. Para a diretora Cristiane D’Amato, o que a motivou a fazer o filme foi o fato de o Brasil inteiro não conhecer a história de Motta Coqueiro, importante por abolir a pena de morte no país. O longa baseia-se no livro “A Fera de Macabu”, de Carlos Marchi.