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FMC e Associarte firmarão convênio para administração da loja de artesanato

29/01/2008 17:19:20 - Jornalista: Andréa Lisboa

Cerca de 40 artesãos participaram na manhã desta terça-feira (29) da segunda reunião para apresentação do plano de trabalho da nova administração da loja de produtos artesanais da Fundação Macaé de Cultura, Macabaíba. A loja, localizada no Centro Macaé de Cultura, a partir do próximo mês, passará a ser gerida pela Associação Cultural e Social de Ofícios Manuais de Macaé (Associarte).

A Fundação Macaé de Cultura, sob a consultoria do Sebrae, firmará um convênio com a Associarte para administração da loja Macabaíba, a fim de gerar trabalho e renda, promover e divulgar os produtos e a cultura da cidade e, ainda, contribuir para a preservação do meio ambiente, por meio da inclusão de matéria-prima de refugo na confecção de alguns trabalhos.

Apenas artesãos que apresentarem comprovante de residência em Macaé poderão entrar para a associação e expor seus trabalhos na loja. A Associarte, entidade de utilidade pública, formada por maioria de mulheres, foi fundada há dois anos com objetivo de gerar renda para os produtores, por meio de terapia com trabalhos manuais e, também, visando à preservação do meio ambiente.

A associação oferece cursos de confecção de artesanato a partir de material reciclado como: garrafas pet, jornais, retalhos, papelão, sobras de madeira e, ainda, de corte e costura e crochê. Há também a opção de artesanato com fibras de bananeira, pelo voluntário Omar Peçanha. A Associarte também fornece seus produtos sob encomenda para empresas, como a Petrobras.

Atualmente, aproximadamente 70 artesãos expõem seus produtos na Macabaíba, sendo que grande parte já integra a associação. Nesta nova fase, farão atendimento a clientes na loja e participarão de feiras nas empresas. A proposta da nova administração é confeccionar produtos visando à hotelaria e também o resgate da história local, “lembrança da Macaé”. As peças deverão ser criadas pelos artesãos e o maior percentual de trabalho deve ser manual. Serão priorizados os trabalhos realizados em grupo.

“A classe de artesãos precisa se unir, trocar técnicas e freqüentar cursos de designer e outros”, enfatizou a presidente da Associarte, Neide Santos Brito, conhecida como Baiana. “Precisamos bordar a nossa cultura, nossas praias e não desenhos aleatórios”, concordou a artesã há 17 anos, Maria da Paz.

Segundo Baiana, o horário de funcionamento da loja, de 9h às 18h, será estendido e as peças grandes, atualmente expostas, passarão a ser exibidas em catálogo, para dar oportunidade a um número maior de artesãos. “Essa união vai ser boa para todos. Estamos tendo uma ótima oportunidade”, considerou Eli Anchieta Alexandre, integrante da comissão de eventos da Associarte.