Foto: Kaná Manhães
Reunião da Força Tarefa, aconteceu na manhã desta segunda-feira (5)
As ações de combate a dengue continuam, mesmo no inverno, período de menor infestação do mosquito Aedes aegypti. Os números de Macaé continuam favoráveis: foram 643 notificações em maio, contra 122 ao final de junho - em 2009, no mesmo período, foram notificados 192 casos. Mas o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) alerta: “a mobilização tem que continuar por todo o ano.”
Fundamental parceiro na luta contra a dengue, a Vigilância Epidemiológica do município, vinculada a Saúde Coletiva, da Secretaria Municipal de Saúde, participou da reunião da Força Tarefa, na manhã desta segunda-feira (5), e explicou o trabalho implementado no município. A coordenadora do serviço, Edna Rosalina Cerante esclarece:
- Investigamos cada tipo de doença que existe no município. Recebemos as notificações sobre meningite, hepatite, entre outra, e também dengue. Recebemos estas informações das unidades de saúde e também dos hospitais e laboratórios. Assim, os dados são organizados em um sistema informatizado que, entre outras utilidades, contribui para a organização das próximas ações municipais contra as doenças.
Com relação à dengue, Edna afirma que todos os estados têm o mosquito, pois o Brasil é um país de temperatura quente e úmida: “só que muitos municípios não notificam corretamente os casos; o que mascara uma realidade, não informando os dados e nem informatizando estes números”. Edna esclarece ainda que, por este motivo, os números não são divulgados e nem chegam à imprensa e aos jornais.
Outra questão, como informa a coordenadora Edna Cerante, é com relação aos endereços das pessoas que são constados os casos de dengue. Muitos não moram na cidade e, por receio de não ser atendido, omitem o endereço de origem, informando o de outra pessoa e, por muitas vezes, até informando endereço falso: “Aí, quando a vigilância epidemiológica vai buscar o caso, aquele endereço não existe; ou quando telefona, o número não existe também.”
Todos contra a dengue: ações integradas
Para o coordenador do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Rogério Lemos, as reuniões de Força Tarefa têm sido fundamentais e aproveita para alertar:
- Já nos reunimos há 90 dias e é clara a relevância dos nossos encontros para o combate a dengue. O grupo agora sabe mais sobre o mosquito, onde e como combater; pois quem tem colaborado para os criadouros somos nós mesmos, moradores da cidade. No inverno não armazenamos tanta água quanto no verão, mas temos que limpar o nosso quintal, cuidar do vaso das plantas e das garrafas peti.
As ações intensivas continuam. E já estão marcadas as novas datas da Força Tarefa: terça, quarta e quinta-feira (dias 06, 07 e 08), mutirão no bairro Nova Esperança. E na Barra de Macaé, na próxima semana, nos dias 13 e 14; já no Novo Cavaleiros nos dias 20 e 21.
Além da Saúde, participam da Força Tarefa o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Vigilância Epidemiológica, Defesa Civil Municipal, Divisão de Educação e Programas em Saúde, da Secretaria de Educação. Mas de acordo com a necessidade de cada bairro, as estratégias são intensificadas também com a força de outras secretarias como Serviços Públicos, Meio Ambiente, Mobilidade Urbana, Guarda Municipal, Empresa Públlica Municipal de Saneamento (Esane) e Empresa Pública Municipal de Obras Públicas e Iluminação (Emopi). Estas duas últimas participaram também da reunião desta segunda-feira (5).
Programa Municipal de Homeopatia
O trabalho conta também com ação do Programa Municipal de Homeopatia, contribuindo para que a doença não evolua para um quadro mais grave nas vítimas que fizeram uso das gotinhas. A gerente do programa, Maria Luiza Zampieri, informa que além de participar do mutirão, a homeopatia está diariamente disponibilizada no calçadão da Rui Barbosa e no Centro de Saúde Dr. Jorge Caldas. E agora, as ações estão também nas escolas, com orientação, palestras e administração do medicamento.
Maria Luiza aproveita para esclarecer uma dúvida de um usuário do sistema de saúde, cuja resposta pode ajudar outras pessoas: “A homeopatia não mascara a dengue nem a gripe H1N1; e sim ameniza os efeitos das doenças. Por exemplo, se uma pessoa pega dengue e tem tomado homeopatia, os efeitos são minimizados, ficando mais brandos os efeitos negativos da doença”, finaliza.
Quem tiver dúvida ou informação para a eliminação dos focos do mosquito da dengue, além do 199, da Defesa Civil, também pode entrar em contato com o CCZ pelos telefones (22) 2762.0175 e 2772.6461.