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Vários painéis fizeram parte do encontro, que aconteceu nesta sexta-feira e foi transmitido pelo YouTube
A construção das diretrizes e metas para os próximos quatro anos foi o principal objetivo do I Fórum Municipal de Assistência Social de Macaé, que aconteceu nesta sexta-feira (6), e foi transmitido pelo YouTube. O evento marcou as primeiras discussões para a elaboração do Plano Municipal de Assistência Social referente ao período de 2022 a 2025.
A abertura do encontro foi realizada pelas mediadoras Fabianne Manhães, doutora em Direito pela Uerj e professora associada na UFF/Macaé, e Darana Azevedo, doutoranda em Política Social pela UFF e coordenadora da Gestão do Suas da Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos e Acessibilidade.
“A ideia é traçar um panorama da política de assistência social de Macaé e, com isso, avaliarmos quais são as principais ações a seguir. Teremos outros encontros, além de um levantamento que contribuirá com o processo de construção desse plano”, destacou Darana. A mediadora Fabianne acrescentou a importância de colocar em prática os direitos. “Direitos nós temos, o que precisamos é implementá-los e, também, articularmos as políticas públicas. Uma sociedade melhor passa por debates e diálogos”, frisou.
Após apresentação artística musical, com o músico e coordenador da Emart, Anderson Aprígio, o Fórum seguiu para o painel 1, com o tema “Os desafios da Proteção Social em Tempos de Pandemia”, com Inês Leoneza – doutora em Enfermagem pela UFRJ e professora adjunta da UFRJ/Macaé. “A desigualdade social só vem aumentando com a pandemia e, por isso, os direitos sociais são fundamentais para mudarmos esse cenário”, comentou Inês.
O painel 2 discutiu o tema “Diagnóstico Socioterritorial”, com Alfredo Manhães – mestre em Engenharia da Computação e Geomática pela Uerj e professor da FeMASS. Foram apresentados elementos geográficos do município e a ocupação desses espaços ao longo dos anos. Com 30% de ocupação na área urbana, Alfredo destacou que Macaé, atualmente com 261,5 mil habitantes, continua crescendo mesmo com a crise do petróleo na última década. “Precisamos associar esses índices com as políticas públicas para avançarmos no desenvolvimento sustentável e na qualidade de vida da população", disse.
A “Vulnerabilidade e Risco Social em Macaé” foi o tema abordado no painel 3, com as profissionais da Secretaria de Desenvolvimento Social, Elaine Antunes, pós-graduada em Gestão do Trabalho na Saúde pela Fiocruz, coordenação da Gestão do Trabalho, e Kátia Ladeira, pós-graduada em Gestão Pública pela FeMASS, coordenadora da Vigilância Socioassistencial.
“A ideia é identificar os riscos e pensar em um planejamento participativo para desenvolvermos uma política que alcance a todos. Os desafios são erradicar a pobreza, promover a igualdade de gênero e reduzir as desigualdades”, pontuou Elaine. Já Kátia Ladeira destacou o avanço das famílias para a faixa da extrema pobreza com a pandemia. “Temos 23,6 mil pessoas cadastradas no CadÚnico que recebem auxílios do governo e, desse total, cerca de 6 mil famílias saíram da faixa de pobreza para extrema pobreza nesse período”, ressaltou.
A mestra em Políticas Sociais pela Uenf e coordenadora do Observatório da Cidade, Scheila Abreu, falou sobre “Perfil Educacional e a interface com a assistência social”. Durante o painel 4, ela abordou a integração da política de assistência social e a educação. “É preciso pensar os caminhos dessa interface, assistência social e educação, para fortalecer as redes de sociabilidade como a própria escola e a garantia de acesso das famílias a esses direitos”, explicou.
O Fórum contou ainda com espaço de debates e encerramento, com Sarau Poético do Grupo Poesia Antifa, apresentado pelo jornalista Gerson Dudus.