Ao avaliar nesta segunda-feira (21), as ações executadas pela Fundação Macaé de Cultura (FMC), em 2015, o presidente Humberto Assumpção observou os ganhos que foram conferidos à capital do petróleo, na busca pelo resgate da memória do patrimônio histórico e cultural do município.
- Desde que assumimos, em junho deste ano, buscamos promover uma gestão participativa, cujo foco principal foi tornar Macaé uma cidade com identificação e tradição, objetivando resgatar e preservar a memória do patrimônio histórico e cultural do município, com ênfase à cultura popular - disse, contabilizando as ações realizadas ao longo de 2015.
As principais atuações da FMC foram a promoção de políticas públicas culturais, com incentivo e execução de atividades nos segmentos da música, dança e representações cênicas, em todas as vertentes de manifestações culturais, inclusive a de caráter popular.
No último semestre, as ações ocorreram de forma gradativa, com ênfase às apresentações de teatro, música e dança realizadas no Teatro Municipal de Macaé (TMM), para cerca de 46 mil espectadores. As apresentações dos grupos artísticos no projeto Ensaios Abertos, com a participação da Orquestra Popular de Macaé (OPM), Coral da Cidade, Grupo de Choro e Orquestra da Escola Municipal de Artes Maria José Guedes (Emart) também chamaram atenção e deram oportunidade ao público macaense de apreciar a música popular e erudita.
Já o espetáculo da Escola Municipal de Dança de Macaé conclui as oficinas de ballet clássico, jazz, dança contemporânea e urbana (hip hop), oferecidas gratuitamente a crianças, adolescentes e jovens.
Assumpção destacou a realização dos projetos da Vice-Presidência de Acervo e Patrimônio Histórico, com sede no Solar dos Mellos - Museu da Cidade, que promoveram as habilidades de pesquisa, compreensão e construção do conhecimento sobre a memória e identidade do município de Macaé. "Cultura de Quintal", "Lugares de Memória", "Visita Guiada/Educação Patrimonial", "Série de Encontros no Solar", "Macaé em Fontes Primárias" e "Memória.doc" estão entre os planos de trabalho que foram desenvolvidos com centenas de cidadãos participantes, tendo à frente das ações a historiadora Gisele Muniz.
Entre as ações de difusão e promoção dos museus, destaca-se as atividades realizadas durante a 9ª Semana Nacional de Museus, que teve o tema "Museus e Memórias Indígenas" realizada em setembro deste ano.
O presidente da Fundação Macaé de Cultura ressaltou um ganho que a FMC teve este ano, com a Reforma Administrativa da prefeitura. "Por meio da reforma promovida pelo prefeito Dr. Aluízio, a Vice-Presidência de Promoção e Preservação da Identidade Cultural e Racial do Município (CPPIR) passou a fazer parte desta Fundação, com o objetivo de adotar políticas de ações afirmativas para reduzir progressivamente as desigualdades e promover a ascensão socioeconômica da população negra e discutir questões que dizem respeito à discriminação, racismo e preconceito", pontuou.
A CPPIR, que é presidida pela pedagoga Zoraia Dias, desenvolveu ações de promoção e preservação da identidade cultural e racial como o projeto "Cabeça de Nego" que desencadeou o "Fala Jovem", "Ciranda de Papo e Memória", "Medalha Carucango", "Oficina de Turbantes" e o curso de Formação Continuada aos Professores da Rede de Ensino, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Semed).
A cultura popular, como elemento fundamental e insubstituível na construção da própria identidade, é marca da atual gestão, através da manutenção do Polo de Cultura da Fronteira. Atividades de dança urbana, balé, jazz, capoeira, lambaeróbica, percussão, teatro, oficina de artes, circo, ginástica localizada, corfebol (jogo holandês) e grafite fizeram parte da vida de 400 moradores daquela região.
Ainda em 2015, uma grande novidade foi a criação do Mulheres sem Fronteira, promovido pelo Polo Cultural e que contou com a parceria da CPPIR, a Subsecretaria Municipal de Políticas para as Mulheres e da empresa Racco, que tem o objetivo de levar às mulheres da comunidade, conhecimentos e experiências relevantes para o seu desenvolvimento familiar e de seus negócios, bem como oferecer um espaço para o diálogo.
Para as artes visuais, a Galeria Hidemburgo Olive abriu espaço para artistas plásticos da região e estudantes de pintura da Emart para expor seus trabalhos de conclusão de curso. Foram diversas exposições, em destaque para a "Negro em Tela" do artista Luciano Pau Ferro, que mostrou uma diversidade de cenários relativos à cultura africana e afro-brasileira. As obras ficam expostas na galeria até ano que vem.
No segundo semestre de 2015, a fundação firmou parcerias com o objetivo de proporcionar aos grupos artísticos e ligados à cultura a divulgação dos seus trabalhos e um espaço para a prática artística em todas as suas vertentes, no teatro e locais de espaço público, como o Solar dos Mellos, Praças das Artes e Veríssimo de Mello. Festival Folia de Reis, Caminhada contra a Intolerância Religiosa, Festival Holístico Eco Yoga, Sábado em Cena, Encontro de Seresteiros e Macaé Cine foram alguns dos projetos que a FMC apoiou.
Foram destaque também a realização da primeira Conferência Regional de Cultura do Norte Fluminense (CRC/NF), que reuniu gestores da região e contou com a presença da secretária de Estado de Cultura, Eva Doris Rosental; a distribuição de um acervo literário composto de mil exemplares para as bibliotecas públicas e comunitárias e a manutenção do Convênio Cine Clube Macaé-Petrobras.