Até o dia 4 de maio, estão abertas as inscrições para o curso de pós-graduação em Estudos Culturais e Históricos da Diáspora e Civilização Africana. Só pode freqüentar as aulas quem for graduado. Os interessados devem ir à Fundação Educacional de Macaé (Funemac), na Rua Teixeira de Gouveia 634, Centro, ou ainda adquirir mais informações pelo telefone: 2772-5036, ramal 211.
No dia 5, sábado, haverá Conferência de Abertura, a ser ministrada pelo professor Kabenguele Munanga da Universidade de São Paulo. Ele falará sobre antropologia e história da diáspora africana, no salão de Convenções do Hotel Crystal, às 9h.
Segundo o coordenador geral da pós, professor Julio César de Souza Tavares, da Universidade Federal Fluminense, o objetivo do curso é fornecer informações e instrumentos teóricos e conceituais sobre a diáspora africana – a dispersão pelo mundo desse povo, por motivos políticos ou religiosos.
- Além disso, queremos analisar o processo civilizatório africano para habilitar o profissional de ensino Fundamental e Médio, na percepção e discussão crítica das questões relacionadas à identidade, diversidade, relações raciais e multiculturalismo na sociedade brasileira – explicou Tavares.
Ele acrescenta que outra meta do curso de Pós-Graduação em Estudos Culturais e Históricos da Civilização Africana é de contribuir com a disseminação do respeito à civilização e à diáspora africanas.
– Para isso, estaremos desconstruindo estereótipos e idéias preconceituosas que blindam o avanço dos estudos nesse campo e o conhecimento das relações étnicas na atual conjuntura sócio-cultural brasileira, disse o coordenador.
Outra finalidade do curso é cooperar com a descolonização mental, conhecer as razões das desigualdades sociais e compreender a formação e a dinâmica do regime de racialização dissimulado e sustentado, em articulação com dispositivos de cordialidade, violência e crueldade coloniais engendrados no estado brasileiro.
– Também temos a meta de contribuir com a elevação do nível dos debates e com a produção de argumentos sobre identidade nacional, a partir do ponto de vista do respeito e reconhecimento às diversidades e singularidades culturais, regionais, de gênero, étnicas e raciais, em articulação com as questões de natureza cultural e histórica, sempre em articulação com um conhecimento globalizado da experiência africana – conclui Tavares.