A Fundação Educacional de Macaé (Funemac) desenvolve ações em diversas áreas. Pelo segundo ano, participa do edital do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica, da Usina Termelétrica Fluminense. Além disso, a fundação executa contrato de pesquisa com a Fundação Roberto Marinho, em que seus pesquisadores trabalham com estudos etnográficos nos sets de filmagem. Por fim, junto à Faculdade Professor Miguel Ângelo da Silva Santos (FeMASS), seus profissionais discutem produção acadêmica em meio digital.
Segundo o presidente da fundação, professor Jorge Aziz, a Funemac está se consolidando na região, não somente como instituição de ensino superior, mas também como instituição de pesquisa e extensão. Em 2006, a organização executou pesquisa para a Petrobrás em 78 municípios do Estado do Rio de Janeiro, obtendo grau de excelência pela empresa.
Sobre o edital da usina termelétrica, Aziz comenta que a fundação se propõe a quantificar o potencial de seqüestro do carbono dentro da Bacia Hidrográfica do rio Macaé.
- Essa quantificação das áreas de seqüestro dimensionará volume de benefícios mais claros para o esforço de conservação - explica o professor, acrescentando que o resultado deste trabalho será um mapeamento da região, identificando as áreas com maior potencial para o seqüestro de carbono, e as listas de espécies que poderiam ser beneficiadas com a restauração de cada parcela da floresta.
Somado a esse esforço, as medidas de reflorestamento poderiam contribuir significativamente para a reduzir a erosão das terras e garantir a melhoria da qualidade das águas dos rios da região.
O professor Aziz destaca ainda que a Funemac vem se qualificando para inserir o município de Macaé no cenário regional e nacional como detentora de ativos culturais. A instituição põe em prática o contrato com a Fundação Roberto Marinho, para a coleta de dados antropológicos (etnografia), em que seus profissionais atuam nos sets de filmagem.
A respeito da FeMASS, o presidente da Fundação Educacional comenta que existe um projeto de pesquisa orientado por professores, discutindo a produção acadêmica em meio digital.
- Essa pesquisa constitui a principal ferramenta no processo de construção do conhecimento - afirma Jorge Aziz, lembrando que esse fato é imprescindível para o processo de inovação institucional.
Ele conclui dizendo que há pouco tempo, a Funemac e a FeMASS receberam comissão do Conselho de Educação para autorizar o funcionamento de dois novos cursos de graduação (Administração e Engenharia de Produção), além do recredenciamento do curso de bacharel em Sistema de Informação.
O diretor da Faculdade Professor Miguel Ângelo da Silva Santos, Sergio Netto, ressalta que as perspectivas são positivas, com previsão de início dos novos cursos em agosto deste ano, na cidade universitária, com vestibular em julho de 2007.
Seqüestro de Carbono
O conceito de seqüestro de carbono foi consagrado pela Conferência de Kyoto, em 1997, com a finalidade de conter e reverter o acúmulo de CO2 (gás carbônico) na atmosfera, visando a diminuição do efeito estufa.
A conservação de estoques de carbono nos solos, florestas e outros tipos de vegetação, a preservação de florestas nativas, a implantação de florestas e sistemas agroflorestais e a recuperação de áreas degradadas são algumas ações que contribuem para a redução da concentração do CO2 na atmosfera.
Os resultados do efeito Seqüestro de Carbono podem ser quantificados através da estimativa da biomassa da planta acima e abaixo do solo, do cálculo de carbono estocado nos produtos madeireiros e pela quantidade de CO2 absorvido no processo de fotossíntese.
Para se proceder à avaliação dos teores de carbono dos diferentes componentes da vegetação (parte aérea, raízes, camadas decompostas sobre o solo, entre outros) e, por conseqüência, contribuir para estudos de balanço energético e do ciclo de carbono na atmosfera, é necessário, inicialmente, quantificar a biomassa vegetal de cada componente da vegetação.