logo

Funemac promove Laboratório de Subjetividade, na terça-feira (13)

05/02/2007 17:16:15 - Jornalista: Alexandre Bordalo

Num mundo e numa sociedade onde há tantas mudanças de hábitos e comportamentos, as pessoas perdem um pouco o referencial de vida. Mas, para tratar dos acontecimentos da época atual – a pós-modernidade – a Fundação Educacional de Macaé (Funemac) promove o Laboratório de Subjetividade e Desenvolvimento Humano, na próxima terça-feira (13), a partir das 18h, no Auditório da fundação, com entrada gratuita.

O tema do evento será “O declínio da função paterna e seus efeitos na pós-modernidade”, cuja palestrante, Lígia Bittencourt, é mestre em psicologia pela PUC-RJ e psicanalista lacaniana. Segundo uma das organizadoras do Laboratório, a psicóloga e psicanalista Andréa Abelson, os assuntos a serem abordados se referem ao fato de que o pai não é apenas a figura paterna, mas significa também a lei, a autoridade e a ordem social. “Tudo sob uma perspectiva onde as determinantes da sociedade mudam rapidamente, deixando as pessoas meio perdidas em termos de referenciais”, esclarece.

Para o idealizador do projeto Laboratório de Subjetividade, o presidente da Funemac, professor Jorge Aziz, a missão da fundação – fomentar o ensino superior, promovendo debates de níveis mais amplos e instigando as pessoas a terem interesse em refletir a realidade – acontece nestas palestras. “A importância dos laboratórios é fornecer subsídios na época em que vivemos, onde há tantas incertezas, mudanças, quebra de paradigmas, ou seja, falta de um novo modelo de vida, de um referencial de vida”, afirma Aziz..

Os laboratórios acontecem desde setembro de 2006. De lá para cá, já houve três. Um tratou do tema “Conceito de Subjetividade”, o que isto significa e o que é um laboratório. Esse assunto foi explicitado pela psicanalista e psicóloga Júlia Christina Abreu Pereira. Na segunda edição, ocorrida em outubro, foi a vez do mestre em comunicação Gerson Dudus falar sobre “O amor na contemporaneidade”.

Já o terceiro tema tratado foi “O “Eneagrama”, em novembro, quando o gestor corporativo de Recursos Humanos da Companhia Vale do Rio Doce, Fernando Cyrino, ministrou conhecimentos sobre esta ferramenta jungiana, que promove o auto conhecimento e auxilia no relacionamento inter-pessoal.

Andréa Abelson disse também que o público presente nos laboratórios é constituído por universitários, pós-graduandos, mestrandos e profissionais nas áreas humanas e de saúde. “A estimativa é de que 100 pessoas estejam no Auditório, que fica localizado na Rua Teixeira de Gouveia, 634/640, Centro, na próxima terça-feira”, calcula a profissional.

Ela acrescentou ainda que conceito de subjetividade é a representação que a pessoa tem do mundo que a influencia, por fatores filosóficos, históricos, políticos, econômicos, psicológicos, classistas, profissionais, entre outros. “O laboratório busca que a capacidade da pessoa de ver o mundo seja ampliada de forma a que sua visão seja repleta de consciência, a respeito de seus pensamentos, julgamentos e posições”, explica.

O projeto é coordenado pela área de Recursos Humanos da Funemac, cujas integrantes além de Andréa Abelson, são Patrícia Wyatt (coordenadora de RH) e Márcia Vieira Viana (pedagoga, professora e assistente de RH). A idéia é que o evento aconteça sempre nas segundas terças-feiras de cada mês.