A Prefeitura de Macaé reinaugurou nesta segunda-feira (27) a Galeria de Arte Hindemburgo Olive, localizada no térreo do Centro Macaé de Cultura, Av. Rui Barbosa, 480. As obras de Rui Jorge Machado (Jojó), acrílica sobre madeira, de Ulisses Filho, acrílica sobre tela, e fotografias de Luiz Bispo, Aguinaldo de Paula, Romulo Campos e Cláudia Barreto, abriram o primeiro mês de vernissage. As três salas estarão com as obras de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, durante todo o mês de fevereiro.
O vice-prefeito Dr. Fabiano Paschoal assinalou a importância da arte e da cultura na história do município e da herança cultural que o artista que dá nome à galeria deixou.
“A Galeria de Arte Hindemburgo Olive é um espaço fundamental para a valorização da cultura e dos nossos artistas. A reinauguração reafirma o compromisso da Prefeitura de Macaé com a arte e com a preservação da nossa identidade cultural”, disse, salientando o legado deixado por Hindemburgo Olive.
A vernissage foi aberta com apresentação musical de Rubem Pereira, no violão, e Zé Rangel, nos sopros. Em uma galeria estão expostas as obras de Jojó na mostra “Expressões Abstratas”; na galeria 2, “Seria Comics não fosse Tragics”, de Ulisses Filho e na galeria 3, “Olhar Macaense”, com fotografia de Cláudia Barreto, Romulo Campos, Luiz Bispo e Aguinaldo de Paula.
Gerson Dudus, curador da Galeria de Arte Hindemburgo Olive, exaltou a homenagem póstuma a Rui Jorge, o Jojó. “Jojó é um dos nossos mais expressivos artistas, ele começou sua trajetória nos anos 70 e nos deixou em dezembro, aos 80 anos, com uma contribuição ao cenário artístico imensurável”, expressou.
A Secretária Municipal de Cultura, Waleska Freire, ressaltou que a galeria será um ponto de encontro importante para a troca de experiências e para o fortalecimento da cena artística da cidade.
“Gostaríamos de convidar todos os artistas da cidade, de todas as vertentes, para participarem dessa celebração da arte local. A Galeria de Arte Hindemburgo Olive é um espaço aberto para a criação e valorização dos nossos talentos. Este mês de vernissage é apenas o começo de uma série de exposições que queremos proporcionar, promovendo a cultura e a arte de Macaé e reforçando o papel fundamental que os artistas desempenham na construção de nossa identidade”, completou Waleska Freire.
Participaram da inauguração familiares de Hindemburgo Olive, secretários, a vereadora Leandra Lopes, artistas e a comunidade em geral.
Mostra ‘Olhar Macaense’ traduz em imagens dinamismo de Macaé
A Galeria de Arte Hindemburgo Olive reabriu suas portas nesta segunda-feira (27) com uma exibição que é um verdadeiro tributo à fotografia local. A mostra "Olhar Macaense" apresenta imagens icônicas de quatro renomados fotógrafos da cidade: Cláudia Barreto, Romulo Campos, Luiz Bispo e Aguinaldo de Paula. Cada um, à sua maneira, registra com sensibilidade e maestria a evolução e a essência de Macaé e região.
A exposição oferece uma janela para o cotidiano de uma cidade em constante transformação, marcada pela pujança da indústria petrolífera, mas também pelas suas riquezas naturais e históricas. As fotografias capturam momentos em que o olhar dos artistas vai além da superfície, revelando a alma macaense.
Cláudia Barreto é publicitária e fotógrafa com mais de 20 anos de experiência, se destaca por sua habilidade em transformar momentos cotidianos em verdadeiras obras de arte. Claudia tem se dedicado ao registro da biodiversidade local, com destaque para as imagens da Lagoa de Imboassica e do Parque Municipal Atalaia, que foram captadas em parceria com seu marido, o fotógrafo Romulo Campos. Juntos, eles criaram livros que se tornaram referência no registro fotográfico da natureza de Macaé.
Romulo, por sua vez, é um dos pioneiros da fotografia digital na cidade. Com mais de 40 anos de trajetória, ele é conhecido por seus trabalhos fotojornalísticos e pela profundidade com que documenta a realidade macaense. Seu acervo inclui desde registros de ecossistemas locais até a cobertura de eventos históricos. Ele também é autor de livros para a preservação da memória ambiental da cidade, como Lagoa Imboassica e Parque Atalaia.
Luiz Bispo, nascido em Macaé em 1960, é um dos fotógrafos mais atuantes da região e seu trabalho é um retrato das transformações sociais e urbanas que o município vivenciou nas últimas décadas. Com um olhar atento ao cotidiano, Bispo se especializou em fotografar os aspectos que muitas vezes passam despercebidos, capturando momentos espontâneos e detalhados da vida local.
Aguinaldo de Paula, por sua vez, é um fotógrafo especialista em capturar arquitetura, flora, fauna e paisagens, tanto em imagens naturais quanto urbanas. Comparado frequentemente a grandes nomes da fotografia, como Ansel Adams, seu trabalho ganhou destaque em livros fotográficos e exposições internacionais. Seu trabalho reflete arquitetura moderna e histórica, além de pessoas interagindo com o ambiente.
Seria Comics se Não Fosse Tragics
A exposição "Seria Comics se Não Fosse Tragics", de Ulisses Filho, apresenta uma explosão de cores e figuras que distorcem a realidade em um vibrante confronto com a monotonia do cotidiano. O trabalho do artista baiano, que reside em Macaé há três anos, mistura o caos urbano com a energia das figuras clássicas dos quadrinhos, como o Gato Félix e Mickey, para recontar as histórias da vida sob uma ótica ousada e inovadora. Suas obras evocam uma reflexão sobre a necessidade de se romper com a passividade da normalidade e buscar na arte uma forma de transformação, de cura. Ulisses Filho usa sua própria experiência, influenciado por grandes nomes como Warhol e Basquiat, para mergulhar nas camadas da cultura pop e da sociedade contemporânea.
Expressões Abstratas
A mostra "Expressões Abstratas" é de Rui Jorge Araújo Machado, o Jojó, um dos artistas mais expressivos de Macaé. Jojó, com seu trabalho em acrílica sobre madeira e tela, explorou o Abstracionismo de maneira única, criando vastos labirintos e mosaicos oníricos que desafiam os limites do tempo e espaço. Sua arte, que remete a novas dimensões e realidades, convida o espectador a embarcar em uma jornada ao desconhecido, estimulando o olhar para o belo desconcertante. Ao longo de sua trajetória desde os anos 70, Jojó não apenas desenvolveu um estilo próprio, mas também inspirou gerações a ver e viver a arte de maneira mais profunda e significativa.
A galeria e a Praça das Artes
A galeria tem o nome do expressivo pintor macaense, Hindemburgo Olive Carneiro da Silva, ou simplesmente H. Olive. Discípulo de takaoka, artista japonês, H. Olive deixou muita obra de qualidade, especialmente aquarela.
Os artistas que desejarem fazer suas exposições devem encaminhar seus projetos e currículo/portfólio para o e-mail galerias.culturamacae@gmail.com.
O mesmo e-mail também recebe agendamento para escritores locais interessados em promover lançamentos de livros, saraus e recitais de poesias no hall da galeria, também chamado de Praça das Artes.