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Galeria de artes da FMC é reaberta em clima de emoção
Foi uma noite de reencontro do público com arte e o clima era de emoção na solenidade de reabertura da Galeria de Artes Hindemburgo Olive, da Fundação Macaé de Cultura, realizada quinta-feira (07). Reverenciada pelo legado artístico e de ensinamentos, a artista plástica e professora Maria Klonowska, falecida no final de maio deste ano, foi homenageada com a exposição “Arte de Maria”, reunindo artistas, família e amigos da arte.
Emocionado com a celebração à memória de Maria Klonowska, o primogênito Vicente Klonowski se mostrou surpreendido com a grandiosidade e beleza da homenagem. “Minha mãe foi um símbolo de liberdade, uma mulher que teve coragem de abrir mão do apego materno ao ver os filhos crescerem. Ela foi também um exemplo de luta pela sobrevivência através da arte. É muito bom estar aqui de novo, reencontrar os velhos e ótimos amigos e confirmar que somos uma grande família, isso é o mais importante”, falou Vicente, herdeiro do talento artístico na vertente de escultura, com releituras da natureza.
– Gratidão é a palavra maior nesse momento. Descobri que ser gestor público torna a gente também um artista pautado em diferentes interpretações no desenvolver das ações públicas. É uma noite de reencontro da sociedade e do artista com a Cultura, e vice-versa. Estamos gratificados ao entregar formalmente a galeria e com isso presentear a cidade e poder homenagear dona Maria Klonowska, que formou outros artistas e tapeceiros em Macaé –, declarou o presidente da Fundação Macaé de Cultura, Juliano Fonseca.
Além do tom de atualidade, verificado através do biombo fotográfico com duas fotos ampliadas, e da poesia, a exposição revelou um pouco do ambiente do lar de Maria Klonowska trazendo alguns objetos pessoais, como o baú que ela guardava as lãs, aproximando o público do universo particular da mestre em tapeçaria e das artes. “O que estou vendo aqui, é um rito de muito bom gosto e que alcança a alma de dona Maria no sentido da amorosidade manifesta em cada detalhe. Uma cidade sem galeria de arte é como o artista emudecido, é um prazer ver esse espaço reaberto”, elogiou a terapeuta, fonoaudióloga, poeta e artista plástica, Sandra Wyatt.
O ator e produtor Márcio Gonçalves também quis deixar um depoimento que enaltece a ideia da Fundação Macaé de Cultura de contar um pouco da história de Maria Klonowska. “Ela foi a primeira pessoa do mundo da arte, a artista de verdade que eu tive contato, ainda na minha adolescência. Às vezes passava na casa dela e a via pintando ou bordando, foi a primeira referência de cores que tive. Falar sobre ela é uma emocionante viagem ao passado. A exposição está linda, dá pra notar o carinho com que foi montada nos pequenos detalhes, muito bom ver a galeria de arte ser reaberta”, parabenizou.