O grupo de apoio à adoção Atitude no Coração se reúne novamente na próxima quarta-feira, dia 11, para elaborar o regimento interno da entidade e a aprovação da logomarca do grupo. A reunião acontece na sede do grupo, na Casa dos Conselhos Municipais, que fica na Travessa Quissamã, 17, Imbetiba. Presidido por Alcyra Fonseca, o grupo tem como principal meta estimular as adoções em Macaé.
O Grupo de Apoio à Adoção já existia no município, mas a partir de agora, com a parceria da prefeitura, através da Fundação de Ação Social (FAS), está sendo ampliado. O principal objetivo do grupo é aumentar o número de adoções, principalmente de crianças com mais de três anos. “A maioria dos casais procura criança recém-nascida ou, no máximo, com quatro anos e, preferencialmente, da cor branca. É preciso mudar isto e esta será a missão do Grupo de Apoio à Adoção todos os integrantes”, comentou o presidente da FAS, Fernando Horta.
Cemaia - A prefeitura construiu, em 2003, o Centro Municipal de Apoio à Infância e Adolescência (Cemaia) para abrigar crianças e adolescentes em situação de risco. As crianças liberadas para adoção pelo Juizado da Infância e Adolescência estão vivendo no Cemaia. Apesar do bom tratamento dispensado pela prefeitura, na opinião das psicólogas e assistentes sociais, elas necessitam de um lar.
“As crianças abrigadas no Cemaia têm acompanhamento psicológico, médico, odontológico e as que estão em idade escolar, vão para a escola normalmente. Mas isso ainda não é o suficiente. Elas precisam de um lar seguro, amor, carinho e atenção para que cresçam saudáveis”, explicou a supervisora técnica do Cemaia, Samantha Fragoso. De acordo ela, a função do Cemaia é acolher a criança, protegendo-a e atuando no lugar da família. “É nossa função reintegrar essas crianças na sociedade e, quando possível, fazê-las voltar ao convívio familiar”, explicou.
Antes de chegar à adoção, são feitos esforços à procura da rede familiar que acolha a criança. A preferência é para as famílias brasileiras, mas em último caso, a adoção é feita por famílias estrangeiras. “Muitas vezes temos de dois a três irmãos de uma mesma família e o juiz não permite que os irmãos sejam separados, o que dificulta a adoção no Brasil. Nas famílias estrangeiras é comum a adoção de mais de uma criança da mesma família. Isso porque a maioria dessas famílias são de alto poder aquisitivo”, explicou Samantha.