Água na região serrana recebe monitoramento da Esane

20/03/2015 10:33:00 - Jornalista: Maria Izabel Monteiro

Foto: Ana Chaffin

Captação, tratamento e distribuição de água na região serrana são feitos pela Esane

Em 22 de março comemora-se o Dia Mundial da Água, um importante recurso natural para a vida no planeta Terra e que vem sofrendo impactos causados pela poluição, ainda mais agravados pelas mudanças climáticas que causam seca em vários locais, fazendo desaparecer muitas nascentes, diminuindo o acesso à água. Em Macaé, a prefeitura acompanha os dois sistemas de distribuição de água à população, um funcionando na cidade e subdistritos e outro na região serrana. Esse acompanhamento é importante para que a população receba água de qualidade.

Na cidade de Macaé, a água que é distribuída à população está à cargo da Cedae, que monitora, capta e distribui a água que chega às residências. Na região serrana, a captação, a distribuição e o monitoramento da água estão sob a responsabilidade da Empresa Pública Municipal de Saneamento (Esane).

A prefeitura conta na serra macaense com duas Estações de Tratamento de Água (ETA), uma em Córrego do Ouro e a outra em Trapiche e com 11 locais de captação e armazenamento de água nas demais localidades.



Para garantir a qualidade da água que é servida à população, a Esane monitora e realiza visitas técnicas, tantos nas duas ETAs quanto nos locais de captação de água nas demais localidades. Realiza diariamente análises da água nos locais, cujas amostras são enviada ao laboratório da empresa que funciona em Macaé. O monitoramento, de acordo com a Esane, é importante para garantir a qualidade da água que chega à população.



Segundo o presidente da Esane, Marcos Muffareg, a prefeitura dedica toda atenção ao abastecimento de água da região serrana e a Esane já desenvolveu projetos que foram enviados e aprovados, em 2013, pela Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental e Ministério das Cidades para Estações de Tratamento de Água em Glicério, Frade e Sana.



A Esane também, visando os sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário da região, elaborou o Plano de Intervenção e de Investimentos para atender a Bicuda Grande, Areia Branca, Córrego do Ouro, Bicuda Pequena e Reta do Frade.



ETA de Córrego do Ouro



A Estação de Tratamemnto de Água (ETA) de Córrego do Ouro foi construída em área da Fazenda Vitória, na entrada da localidade serrana. Conta com casas de bombas, com a ETA propriamente dita, com laboratório e reservatório de água tratada, localizado no ponto mais alto da Estação, com capacidade de armazenar 150 mil litros de água e é dele que desce a água já tratada na ETA para a rede de distribuição. A água desce do reservatório para a rede por gravidade, que é o método mais econômico. A ETA conta com sistema de captação, tratamento e distribuição de água, que é captada no Rio do Ouro. Realiza tratamento terciário de água e atende a cerca de cinco mil pessoas residentes na localidade.



A ETA de Trapiche



A Estação de Tratamento de Água de Trapiche fica no Centro da localidade e realiza tratamento terciário de água captada no Córrego Boa Vista, a 1,7 mil metros de distância. Conta com sala de bomba, sala de análise e tanques. Atende a cerca de duas mil pessoas, em 500 residências. A estação estava desativada, sem condições de levar água de qualidade aos moradores e passou por reformas, limpeza e desinfecção, funcionando hoje normalmente.



Laboratório da Esane analisa toda água captada na região serrana



A serra macaense conta com um laboratóriode montado pela prefeitura que funciona na base da Esane, próxima à Estrada E-9, no Novo Horizonte.



O laboratório é um grande aliado da Esane no saneamento básico da serra. A empresa opera 12 sistemas de abastecimento de água na região. Dentre eles, duas são as estações completas de tratamento, a ETA de Córrego do Ouro e a ETA de Trapiche, servindo cerca de dez mil pessoas.



Nas demais localidaders, onde não há estações, o monitoramento é feito de duas a três vezes por semana, quando um veículo da Esane leva aos locais de captação e a vários pontos de distribuição técnicos da empresas, que recolhem amostras da água, conduzidas ao laboratório para análise.



O monitoramento da água leva conforto à população e é uma ação de saúde pública, já que a água tratada diminui risco de doença de veiculação hídrica. O funcionamento é importante para acompanhar os padrões de potabilidade e verificar se estão de acordo com os padrões de qualidade, atendendo à Portaria do Ministério da Saúde 2914/214, que preconiza que toda água destinada a consumo humano, distribuída coletivamente por meio de sistema de abastecimento de água, deve ser objeto de controle e vigilância da qualidade.



O monitoramento na região serrana é dividido em cinco etapas: coleta de água nas saídas dos sistemas e nas redes de distribuição; processamento das amostras; leitura dos resultados; análise dos resultados e orientações pertinentes à operação, se necessário. Os parâmetros realizados são físico-químico (cor, turbidez, pH e cloro); bacteriológicos (colimetria e bactérias heterotróficas) e ainda análises também do alumínio, dureza, coreto e alcalinidade.



A bióloga Patrícia Toleto, do Laboratório da Esane, informa que, posteriormente às análises, os dados são compilados, originando os relatórios mensais de cada localidade, enviados aos órgãos de Vigilância e Saúde do Estado do Rio de Janeiro (Vigiágua), Secretaria de Saúde de Macaé e para os mecanismos de controle social, como a Sanapa e o Commads.



São coletadas e processadas por volta de 220 amostras/mês nos sistemas de abastecimento de água da serra. Se qualquer ponto da rede de distribuição apresentar bactérias do grupo coliformes totais é feita a recoleta no ponto problemático, sendo um ponto à montante e outro à jusante, para que a causa seja investigada e o problema solucionado.