Guarda Ambiental intensifica fiscalização à caça predatória

14/02/2013 17:48:00 - Jornalista: Elis Regina Nuffer

A Prefeitura de Macaé está fiscalizando a caça predatória em todo o município, incluindo a região serrana, com vistas a combater o tráfico ilegal de animais que é um crime ao ambiente. Este mês, a Guarda Ambiental, vinculada à Secretaria Municipal de Ordem Pública, já resgatou em empresas três filhotes de gambás.

A Guarda Ambiental informou que os gambás foram resgatados porque estavam em área urbana. No mesmo período, entre os dias 4 e 8 deste mês, o órgão recebeu denúncia de transporte de filhotes de mico leão dourado, o que também é proibido por serem animais silvestres. Não houve flagrante, mas em função disso, o órgão está em alerta em toda a área urbana e rural do município.

De acordo com a Lei dos Crimes Ambientes, nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, “matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécies da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida, é crime sujeito a detenção de seis meses a um ano e pagamento de multa”.

A população pode colaborar com o trabalho da Guarda Ambiental tomando conhecimento da legislação, já que o ambiente é de todos, e denunciando quando avistar animal silvestre desorientado em área urbana ou mesmo em seu habitat natural, principalmente se estiver ferido ou doente. Nesses casos, a Guarda Ambiental faz o resgate e conduz os animais ao órgão competente para sua reabilitação. Em Macaé, são levados à secretaria Municipal de Ambiente, que dá o destino adequado.

A licença normalmente é concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A Guarda Ambiental de Macaé atua, na serra, em conjunto com o Núcleo da Defesa Civil inaugurado, na última quinta-feira (7), pela prefeitura. A população pode manter contato pelo telefone (22) 2793.2760 ou pelo celular (22) 9701.9770.

O que é animal silvestre

Animal silvestre é aquele tirado da natureza e reage à presença do ser humano. É diferente dos animais domésticos, como cachorro, gato, porco, galinha e outros, acostumados a viver com as pessoas. Os silvestres contribuem para o equilíbrio da natureza e, uma vez retirados dela, normalmente via o tráfico ilegal, comprometem o ecossistema. Além disso, há o risco de quem leva animal silvestre para casa ser vítima de ataques ou doenças. Para o animal, sair do seu habitat pode significar a perda de identidade, sofrer de solidão e ter dificuldade para se reproduzir.