A equipe de oito integrantes do setor de Salvamento e Meio Ambiente da Guarda Municipal encerrou nesta sexta-feira (10), o XV Curso de Educação Ambiental para Professores, organizado pelo Núcleo Pesquisas de Macaé – Nupem/UFRJ. O curso começou segunda-feira (06), e a programação incluiu visitas aos ecossistemas do Parque Nacional de Jurubatiba (restinga), lagoa de Imboassica, costão dos Cavaleiros, Mata Atlântica, Reserva União e o manguezal às margens do rio Macaé.
Segundo o gerente de Meio Ambiente da Guarda Municipal, Alexandre Viveiros, a participação da equipe de salvamento teve como objetivo o preparo dos componentes para ações de preservação do meio ambiente junto aos agentes de depredação dos ecossistemas, além de preparar a equipe para transmitir os conhecimentos aos alunos da rede municipal de ensino em projeto de Educação Ambiental a ser implementado pela Prefeitura. O projeto constará de palestras e visitas aos ecossistemas, em conjunto com o patrulhamento escolar.
- Assim, os alunos vão compreender a necessidade do patrulhamento para coibir as ações danosas ao meio ambiente, praticadas pelo homem, que revertem em prejuízos ao próprio homem. Também será trabalhada a conscientização de que eles, futuros cidadãos, têm de zelar pela conservação do meio ambiente. Vamos passar para os alunos o lema do curso: “Conhecer para valorizar e preservar os ecossistemas litorâneos”-, disse. Viveiros contou uma das experiências da equipe.
- Recentemente, surpreendemos pessoas de outro município, que pegavam ostras em área muito poluída do nosso litoral, para vender a turistas no município de origem. Barramos a ação e apreendemos os sacos com as ostras, que poderiam intoxicar ou até mesmo matar quem comesse o produto - exemplificou o gerente.
Segundo Alexandre, as visitas acompanhadas pela coordenadora do curso, professora Déa Maria, foram importantes. “Todos os ecossistemas que visitamos nos deram uma visão de conjunto. Hoje, último dia, do alto do Morro de Santana, visualizamos o rio Macaé, o manguezal e toda a arquitetura urbana. Fomos de barco pelo rio Macaé, entramos no manguezal e constatamos os problemas causados pelas invasões, que matam a vegetação nativa, cujas tramas seguram os alimentos indispensáveis à fauna aquática, como os caranguejos que vivem no interior das tocas que cavam nas margens. Constatamos a degradação causada por habitações, frutos de invasões”, concluiu Viveiros.