Os 100 candidatos aprovados para o Programa Guarda Sênior, iniciaram nesta segunda-feira (20), o curso preparatório para exercerem a função na Guarda Municipal de Macaé. O programa foi implantando com apoio do Núcleo de Proteção ao Idoso, cumprindo, no âmbito municipal, a política do Estatuto do Idoso. Os guardas vão cumprir uma escala de 6 horas diárias e receber salário de R$ 300, atuando em diversas áreas do município.
Elaine Chança, coordenadora do programa, ressalta que os aprovados, com idades entre 55 e 75 anos, estão em busca de conhecimento, amizade e acabar com a ociosidade. “No primeiro dia de aula foi maravilhoso ver como eles estão animados. Além do salário, eles também querem fazer novas amizades e exercer uma atividade. A idade não é sinônimo de doença”, observa a coordenadora.
A Turma A, com um total 57 pessoas, faz as aulas pela manhã, e a Turma B, com 43, participa do curso pela tarde. As aulas de ordem unida, educação física, direito e relacionamento interpessoal, duram 50 minutos, com intervalo de 10 minutos. Todos os candidatos foram aprovados nos exames médicos e não apresentam nenhum sintoma de doenças cardíacas ou diabetes.
- Não vamos exigir muito deles. Todos são aposentados, mas exercem alguma atividade, como artesanato, educação física, etc -, explica o inspetor Túlio que acompanha os alunos no curso.
Raimunda dos Santos Oliveira, 65 anos, já participou do Projeto Botinho e da Ginástica da Praia, na Imbetiba. Animada, conta que a família apóia seu ingresso na Guarda Municipal. “Sempre admirei as pessoas que usam uniforme. Além de ser um complemento salarial, em que vou poder ajudar a família, principalmente meu filho de criação que está construindo sua casa”, explica Raimunda, aposentada que mora no Lagomar e também participa do Grupo do Amor, da Terceira Idade, do Parque Aeroporto.
Aos 75 anos, Antônio Faleiro de Andrade, comerciário aposentado, que trabalhou 40 anos na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, também foi aprovado para o Programa Guarda Sênior. “Não gosto de ficar em casa à toa. Moro em Macaé desde 91, sempre trabalhei, mesmo depois de aposentado”, destaca Antônio, que adotará o Faleiro, como nome de “guerra”.