Hoje é dia de rock progressivo no Teatro Municipal de Macaé. As bandas Sóphia, Spin XXI e Violeta de Outono mostram as influências do estilo musical que marcou a década de 70 com a união de rock, rhythm and blues e jazz. O grupo Sophia é macaense e formado por Aguinaldo Carvalho, no baixo, voz, violão e guitarra, André Carvalho, na bateria, e Bruno Horta, no teclado.
Os shows fazem parte do 2º Festival Internacional de Rock Progressivo de Macaé, o Festprog, que é promovido até quarta-feira (10), às 20 horas, no Teatro, com atração principal de bandas da Suécia e do Chile. O festival é uma realização da Sociedade Musical Macaense, com apoio da Prefeitura de Macaé, por meio da Fundação Macaé de Cultura. Os ingressos estão sendo vendidos na bilheteria do teatro, das 9 às 20 horas, a R$ 20. Estudantes e pessoas com idade acima de 65 anos têm desconto de 50%.
Na quarta, sobem ao palco o Trettioariga Kriget, da Suécia, em suas primeiras apresentações na América Latina, e o Evolucion, do Chile, uma das bandas de Jazz-Rock Progressivo mais celebradas em seu país nos anos 80. As bandas prometem trazer ao palco rock de qualidade, influenciados pelas propostas musicais que surgiram nos anos 70.
O Spin fez história nos anos setenta em Niterói, com apresentações que lotaram no Teatro da UFF. Em sua segunda fase, o grupo se relançou com o nome "Contraponto". Agora, como Spin XXI traz composições de O Terço, Mutantes, Gênesis, Yes, entre outros daquela década. Kakao Figueiredo, voz e instrumentos incidentais; Tatoo Magdalena, nas guitarras, violões e vocais; Eraldo Márcio Corrêa, mos teclados; Sylvio Sá Corrêa, na bateria e percussão, e Marcelo de Alexandre Venâncio, no baixo, pedal de baixo, violões e vocal, compõe o Spin XXI.
Com mais de 25 anos de carreira, a banda de São Paulo, Violeta de Outono, em seu show mostra seu mais recente trabalho, o Rock Symphony RSLN 123, volume 7. Sob influências psicodélicas e progressivas, o grupo interpreta músicas de Pink Floyd, Gong, Caravan, Camel, Hatfield and The North e Steve Hillage.
A banda, liderada pelo guitarrista e vocalista Fabio Golfetti, tem Claudio Souza na bateria, Gabriel Costa no baixo e Fernando Cardoso nos teclados. Fábio mostra um repertório permeado de filosofia oriental, pesquisas com sonoridades fora do padrão, como a técnica "glissando" e "teoria dos drones". Sua principal influência vem do amigo guitarrista, poeta e cantor australiano Daevid Allen, fundador dos míticos grupos ingleses Soft Machine e Gong da complexa "Canterbury Scene". Um dos projetos de Fábio, o “Invisible Opera Company Of Tibet”, busca descrever um som que vem de vozes espirituais, ou meta-música.
O Trettioariga Kriget, da Suécia, que quer dizer “Guerra dos 30 anos”, mostra seu trabalho que teve início nos anos 70. A banda é uma das mais importantes de seu país, tendo influenciado todas as gerações posteriores. O grupo possui um vasto histórico discográfico onde se destacam obras ilustres como seu álbum homônimo de 1974 e "Krigssang", de 1976. A banda se manteve ativa produzindo álbuns e dando concertos pela Europa até o começo dos anos 80.
* Colaborou: Janira Braga