Com a proximidade das festas de fim de ano, cresce a quantidade de pessoas atendidas no Hospital Público Municipal de Macaé (HPM) devido a queimaduras causadas por fogos de artifício. Segundo o coordenador da Emergência da instituição, Fabiano Selem Pinto, o número de queimados aumenta em 10% a 20% no período entre o Natal e o Ano Novo.
– Normalmente as vítimas são homens entre 20 e 29 anos, alcoolizados, e que compraram os fogos em locais não credenciados pelo Corpo de Bombeiros. Muitas vezes, eles não têm informação a respeito de como soltar fogos e acabam sofrendo lesões freqüentemente irreversíveis – diz Pinto.
Segundo dados da Associação Brasileira de Cirurgia da Mão (ABCM), fogos de artifício podem provocar lesões com lacerações ou cortes (20% dos casos), amputações dos membros superiores (10% dos casos), lesões de córnea ou perda da visão. Na maioria das vezes, entretanto (70%), são causadas queimaduras, principalmente nas mãos, rosto e tronco.
– É por isso que a ABCM lançou uma campanha de prevenção que tem como lema “Fogos de artifício: Bonito para os olhos. Um perigo para as mãos”. Dependendo da gravidade da queimadura, elas podem ser amputadas parcial ou totalmente. Os ouvidos também sofrem com os fogos: o som das explosões pode provocar perfurações nos tímpanos – afirma.
Cuidados com os fogos
Pinto diz que algumas precauções devem ser tomadas com relação a fogos de artifício: “Eles nunca devem ser disparados diretamente com as mãos. Além disso, quem for soltá-los deve estar afastado de vegetação, da rede elétrica e, mais importante, deve saber o que está fazendo”, frisa.
No caso de acidentes com fogos, deve-se tomar medidas rápidas: queimaduras leves, por exemplo, devem ser lavadas imediatamente com água corrente, sem usar substâncias como sabão ou borra de café.
– Quando se tratar de queimaduras mais graves, no entanto, deve-se acionar imediatamente os Bombeiros (pelo telefone 193) ou o serviço de Emergência (192) para a vítima ser transportada para um hospital da melhor forma possível – conclui.